A Polícia Federal no Amazonas prendeu um dos líderes de uma organização criminosa de tráfico internacional de entorpecentes, o colombiano Eduardo Alberto Villareal Rivera, conhecido como "Júnior" ou "Careca", em Tabatinga, a 1.105 quilômetros de Manaus. Ele era foragido da Justiça Federal de São Paulo desde abril deste ano. Segundo a assessoria da PF, Rivera, que estava sendo procurado desde a operação Muralha, em 11 de abril, vivia entre Marília (SP), onde mora sua mulher Carla Fernanda Rodrigues e seu filho, e em Letícia, na Colômbia, onde sua mãe, Helena Rivera, tem um hotel. A assessoria informou que policiais federais estavam seguindo a mulher do colombiano desde abril. Carla embarcou em Guarulhos na quinta-feira para Manaus. No sábado seguiu para Tabatinga. No aeroporto, um homem com a aparência de Rivera, com a cabeça raspada, alto e moreno, foi buscar Carla e o filho no aeroporto. Os policiais, contudo, continuaram à espreita porque faltava um detalhe importante: uma cicatriz no rosto do homem. Acreditando estar em segurança, Rivera saiu do banco de trás de um carro estacionado em frente ao aeroporto para abraçar a mulher, quando foi preso. Rivera deve seguir até esta sexta-feira para Manaus e então ser transferido para São Paulo. O mandado de prisão do colombiano foi expedido pela Justiça Federal paulista. A PF considera que o local onde ele está preso não oferece segurança da prisão, podendo a qualquer momento acontecer uma operação de seu grupo para soltá-lo. A operação Muralha foi realizada nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina, Minas Gerais e Pará, com o objetivo de desarticular a organização criminosa com membros de diversas nacionalidades, voltada para o tráfico internacional de entorpecentes.