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PF prende brasileiro acusado de tráfico internacional de pessoas

Por Agencia Estado
Atualização:

A Polícia Federal prendeu nesta sexta-feira um brasileiro e dois cubanos que estavam com passaportes falsos. O brasileiro é suspeitos de integrar uma quadrilha especializada em falsificação de passaportes e tráfico internacional de pessoas. Mas, segundo a PF, os estrangeiros não teriam ligação com o esquema, que atuava no Rio de Janeiro e Espírito Santo e São Paulo. A quadrilha, cujo chefe é brasileiro e está foragido, é acusada de facilitar e entrada de estrangeiros latinos, a maioria cubanos e brasileiros, para trabalhar ilegalmente nos Estados Unidos. Quatro pessoas também foram detidas, entre elas outros três cubanos, mas liberadas em seguida por falta de provas. A PF informou que, por passaporte falso, eram cobrados US$ 10 mil e que em 2004 cem pessoas foram para os EUA com o esquema. Batizada de Buena Vista, numa referência ao filme Buena Vista Social Club, a operação aconteceu nesta sexta-feira na capital fluminense, no município de Rio das Ostras (Região dos Lagos) e em Cariacica (ES). Foram mobilizados 40 agentes da PF do Rio e de outros Estados, que integram a Missão Suporte - grupo de elite treinado para atuar nas operações pelo País. De acordo com Felício Laterça, chefe do núcleo de Operações da Delegacia de Polícia de Imigração (Delemig), passaportes falsos eram remetidos de países latino-americanos para serem carimbados no Brasil. O documento recebia, por exemplo, vistos do Chile, Venezuela, Panamá e Espanha para que se tornasse menos visado no serviço de imigração dos EUA e não levantasse suspeita. "Isso demonstrava que a pessoa era um turista viajado e não queria ficar permanentemente nos Estados Unidos", informou Laterça. O esquema é considerado tráfico internacional de pessoas. "Esses estrangeiros latinos ingressam clandestinamente nos Estados Unidos e têm de trabalhar para pagar os US$ 10 mil dados pelo passaporte". O único preso que a polícia diz pertencer à quadrilha é Fabio Francisco de Oliveira, que estava em Cariacica e é apontado como o braço direito do líder do esquema. De acordo com Laterça, ele será indiciado por falsificação de documentos, formação de quadrilha e aliciamento de menores e adultos, já que aliciava pessoas para mandá-las aos EUA.

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