PF prende criminoso apontado como mais procurado do Brasil

Giroti é acusado de assaltos a bancos e de ser um dos financiadores do PCC

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Por Agencia Estado
Atualização:

A Polícia Federal prendeu na noite de terça-feira José Reinaldo Giroti, apontado como o primeiro na lista de procurados pela PF no Brasil. Giroti é acusado de assaltos a diversas agências bancárias e de ser um dos financiadores de facções criminosas, entre elas o Primeiro Comando da Capital (PCC). O criminosos foi levado à sede da Polícia Federal em Curitiba. Contudo, a PF não divulgou o local onde ele ficará definitivamente. O mais provável é que seja conduzido à Penitenciária Federal de Catanduvas, no oeste do Paraná. De acordo com o superintendente da PF no Estado, Jaber Saadi, "é um elemento de altíssima periculosidade, vinculado diretamente ao líder do PCC Marcos Camacho, o Marcola. É uma das maiores prisões feitas pela PF na atualidade. Com certeza, ele é o maior financiador desses assaltos e dessas operações criminosas", afirmou. Segundo a polícia, há 15 mandados de prisão contra Giroti, outros 30 processos criminais e ele ainda responde a 25 inquéritos policiais. Estima-se que tenha participado de assaltos que já renderam mais de R$ 100 milhões. De acordo com a PF, é de autoria de Giroti - em parceria com Marcola - um roubo à uma agência da Caixa Econômica Federal em Cuiabá (MT), em 2000, quando foram levados R$ 13 milhões. O criminoso é acusado ainda do roubo de R$ 1 milhão de uma agência da CEF em Ribeirão Preto (SP) em 2000, de outra operação na CEF do Balneário Camboriú (SC) em 2001, quando roubou R$ 600 mil, e do roubo à agência do BRB Brasília, em 2001, quando foram levados R$ 5 milhões. Os indícios também apontam como de sua autoria, juntamente com outros criminosos, o roubo praticado no dia 26 de outubro, quando foram levados cerca de R$ 3 milhões em ouro e jóias que estavam penhorados na Caixa Econômica Federal em Curitiba. Ele também estaria por trás de um roubo frustrado a um banco paraguaio, em Assunção, no início de 2006. De acordo com a PF, a quadrilha comandada por Giroti costuma seqüestrar familiares de gerentes de bancos e empresas de segurança bancária para efetuar roubos às instituições financeiras. Eles já teriam mantido mais de 20 pessoas reféns em uma única operação. A Polícia Federal informou que Giroti atua no País há mais de 10 anos e estava foragido havia 5 anos. A Operação Chacal, que acabou por prendê-lo, teve início em agosto de 2005 e foi reforçada após o roubo das jóias em Curitiba. Morador em São Paulo, Giroti comprou uma mansão de aproximadamente R$ 1 milhão em um condomínio de classe alta em Londrina e tinha 18 identidades falsas. Ele foi preso em um shopping com a família e não resistiu à prisão.

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