PUBLICIDADE

PF prende no Rio o maior traficante internacional de ecstasy

O israelense El Al Yoram foi surpreendido quando começava a caminhar na praia

Por Agencia Estado
Atualização:

O israelense El Al Yoram, considerado pela Interpol como o maior traficante de ecstasy do mundo, foi preso neste sábado, em Ipanema, zona sul do Rio de Janeiro. Ele é apontado pelo Departamento Antidrogas dos Estados Unidos como o responsável pelo maior carregamento de comprimidos já apreendido pela polícia americana. Yoram, de 35 anos, também é acusado de extorsão, conspiração, fraude e crime organizado. O traficante chegou a ser preso no famoso balneário de Punta Del Leste, no Uruguai em 2005. Mas, conseguiu fugir para o Brasil, onde teria voltado a operar no sul do País. A prisão neste sábado do israelense foi efetuada por representantes da Polícia Federal paranaense quando o traficante deixava seu apartamento para fazer uma caminhada na praia de Ipanema. Dois representantes da PF paranaense acompanhavam os passos do traficante há pelo menos uma semana. O traficante ficou algumas horas sob custódia da Polícia Federal carioca na sua sede no Rio e foi levado de carro para Curitiba, sob forte escolta. Desde o início do mês, a Polícia Federal aumentou o cerco ao tráfico de ecstasy no país. Pelo menos 12 pessoas foram presas em endereços nobres do Rio, Curitiba e Poços de Caldas (MG). Além disso, a Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) da Polícia Civil no Rio prendeu mais 17 acusados no mesmo período. Aumento do número de pacientes O aumento da repressão ao tráfico, segundo a Polícia Federal, teve como base as estatísticas do Conselho Estadual Antidrogas (Cead), que revelaram que em outubro deste ano houve um aumento de 10,25% no atendimento de pacientes com ecstasy em comparação com o mesmo período no ano passado. No fim de novembro, uma rave em Niterói acabou com 45 pessoas atendidas no hospital por uso excessivo de álcool e ingestão de ecstasy. A associação das drogas com as típicas festas rave também motivou o vereador Theo Silva (PMDB) a apresentar projeto de lei na Câmara do Rio, e que deve ser votado no início de 2007, visando à proibição dessas festas. A tentativa de controlar o tráfico de ecstasy com a proibição das raves teve início em 1994, na Inglaterra, quando o governo local publicou lei que deu à polícia o poder de acabar com qualquer reunião com mais de cem pessoas ao ar livre e música com batidas repetitivas. Isso modificou o perfil das festas, que naquela época reuniam até 30 mil pessoas em praias e parques europeus, e que depois começaram a ser realizadas em espaços privados. (Matéria alterada às 18h20 com acréscimo de informações)

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.