PF prende quadrilha que explorava diamantes em Rondônia

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Por Agencia Estado
Atualização:

A Polícia Federal prendeu em Rondônia e em São Paulo 15 pessoas acusadas de participar de um esquema de compra de diamantes do garimpo ilegal localizado na terra dos índios Cinta-Larga, a 90 quilômetros de Espigão do Oeste (RO). Entre eles estão o delegado da Polícia Civil naquela cidade, Iramar Gonçalves, um agente da Polícia Federal, um servidor do Incra, empresários e Marcos Glikes, considerado o maior comprador de pedras provenientes da reserva indígena. Ele já esteve preso nos Estados Unidos, por lavagem de dinheiro. O superintendente da Polícia Federal em Rondônia, Marcos Aurélio de Moura, pediu a prisão preventiva de caciques Cinta- Larga. Ele explicou que, além deles, estão sendo investigados outros índios que estariam facilitando a exploração e a comercialização dos diamantes. A operação continua e outras pessoas poderão ser presas a qualquer momento. Depois que a jazida foi localizada aconteceram diversas mortes dentro da reserva. Com isso, há um ano a PF iniciou uma operação denominada Kimberley, visando inibir a ação de quadrilhas na terra indígena. Baseados nas informações obtidas em Espigão do Oeste, policiais federais mantém buscas em 20 cidades, nos estados de Rondônia e São Paulo. Os agentes apreenderam R$ 100 mil em dinheiro, carros e documentos. Os presos estão nas celas da superintendência da PF em Porto Velho. Marcos Aurélio de Moura admitiu que algumas pessoas continuam explorando diamantes na reserva, com ajuda de funcionários da Funai e dos próprios índios, mas disse que não poderia revelar nomes para não atrapalhar a operação.

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