PUBLICIDADE

PF prende traficantes de medicamentos no RS e em SP

Foi a segunda etapa da Operação Tráfico.com, que já havia detido outras sete pessoas em São José do Rio Preto, em 26 de julho

Por Agencia Estado
Atualização:

A Polícia Federal prendeu uma pessoa em Pelotas (RS) e duas em São José do Rio Preto (SP) por participação numa quadrilha de tráfico de medicamentos de uso controlado, nesta sexta-feira, 22. Foi a segunda etapa da Operação Tráfico.com, que já havia detido outras sete pessoas em São José do Rio Preto, em 26 de julho. A investigação já durava um ano e contava com apoio da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e do Drug Enforcement Administration (DEA), dos Estados Unidos. O esquema tinha operadores em São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Estados Unidos e usava a internet para oferecer entorpecentes e psicotrópicos, adquiridos de distribuidoras e fracionados, transformados e adulterados para render mais no câmbio negro. Os pedidos chegavam de todos os continentes e eram atendidos por remessas feitas do Brasil. A quadrilha comprava os medicamentos de três distribuidoras gaúchas apresentando-se como representante de uma universidade do Rio de Janeiro, para quem as notas fiscais eram emitidas. As cargas não chegavam ao destino apontado nos documentos, mas seguiam para laboratórios clandestinos no interior de São Paulo, onde podiam ser manipuladas. Depois seguiam para São José (SC), de onde eram despachadas, pelo Correio, para diversos lugares do mundo. Segundo o delegado Ildo Gasparetto, a quadrilha movimento pelo menos US$ 20 milhões nos últimos 12 meses. A Polícia Federal não divulgou os nomes dos envolvidos porque a investigação não terminou, podendo evoluir para a prisão de mais traficantes nos próximos dias. Também será necessário esclarecer se as distribuidoras e a universidade participavam do esquema ou eram usadas inadvertidamente pela quadrilha. Gasparetto está convicto de que os traficantes estavam espalhados e operavam a partir de sites que mudavam constantemente de endereço para confundir as investigações. A conexão gaúcha da operação foi descoberta nas investigações que se seguiram às prisões feitas na primeira etapa.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.