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PF quer ser responsável por vigilância no aeroporto

Por Vitor Hugo Brandalise
Atualização:

Em dezembro do ano passado, um ano e meio após o início da operação que desbaratou três quadrilhas de tráfico internacional de drogas no Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos, a Polícia Federal pediu à unidade local da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) para se tornar responsável pelas câmeras de vigilância eletrônica do aeroporto, hoje sob a responsabilidade da estatal. "Como se trata do maior terminal de viagens aéreas internacionais do País, olhar mais de perto para o que estiver acontecendo ajudaria a evitar a repetição do mesmo problema", disse o chefe da delegacia da Polícia Federal no Aeroporto Internacional de Cumbica, Mário Menin Junior. "A Infraero não se opõe e está propensa a aceitar", adianta." "Não há porque um órgão lutar contra o outro." Vídeo do circuito de segurança do aeroporto mostra como quadrilha agia Ao longo das investigações, segundo o delegado, outros pontos fracos do aeroporto foram constatados. "A maneira como o aeroporto é cercado, a maior parte dele com cercas simples, facilita a ação de criminosos, pois não há vigilância na área inteira." No caso das três quadrilhas que atuaram no aeroporto nos últimos dois anos, o local preferido para a transferência das drogas dos carros de passeio dos traficantes para o furgão da segurança do aeroporto - cujo motorista era cooptado pela quadrilha para transportar a droga à pista do aeroporto - eram os arredores de um dos grandes hotéis perto do terminal. "Investir em vigilância eletrônica é importantíssimo", disse Menin. O procurador responsável pelo caso, Vicente Mandetta, criticou a terceirização do serviço de segurança de pista do aeroporto de Cumbica. "É um setor estratégico, os cargos devem ser ocupados por pessoas de confiança comprovada." Em 2008, somente em Cumbica , a PF apreendeu 1 tonelada de cocaína, 70 quilos de maconha e 132.293 pílulas de ecstasy.

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