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PF usará banco de dados da Interpol

Brasil terá acesso a programa que facilita investigações de imagens

Por Solange Spigliatti e Daniela do Canto
Atualização:

A Polícia Federal poderá acessar, a partir de 2009, o banco de imagens da Interpol conhecido como Child Sexual Exploitation Image Database (ICSE), com o objetivo de combater a pedofilia. O ICSE será acessado pelo Sistema Mundial de Comunicação da Interpol conhecido como I-24/7 (Interpol 24 horas por dia, 7 dias por semana), que está integrado à rede de comunicação de dados da Polícia Federal. Os policiais deverão participar do treinamento ainda neste ano na Secretaria-Geral da instituição, em Lyon, França. Banco de imagens, o ICSE é uma iniciativa do G-8, grupo de países mais desenvolvidos do mundo, e contém imagens de situações de prováveis casos de pedofilia em que um programa faz confrontos com outras imagens para análise do ambiente, fornecendo evidências para a investigação. Segundo o delegado Jorge Pontes, coordenador-geral de Polícia Criminal Internacional da Polícia Federal, o acesso ao banco de imagens é um avanço considerável no combate à pedofilia. Pontes informa que cerca de 700 casos já foram elucidados graças à utilização do ICSE. A PF poderá realizar as tarefas típicas de um banco de imagens, como inserir, alterar e consultar imagens. CASO Mães de dois meninos de 6 anos procuraram o 70º Distrito Policial, em Sapopemba, na zona leste de São Paulo, para denunciar um possível abuso sexual sofrido pelos filhos. A violência teria sido praticada por Paulo Gomes da Silva, casado com uma mulher que costumava cuidar dos meninos enquanto as mães trabalhavam. Às mães, os dois meninos contaram histórias idênticas sobre a violência cometida por Silva. Depois da denúncia, as duas crianças passaram por exames de corpo de delito e o resultado deve ficar pronto em cerca de 20 dias. Ameaçado por vizinhos, que queriam linchá-lo após descobrir os abusos, Silva foi à delegacia, mas foi liberado. A mãe de um dos meninos, uma cabeleireira de 41 anos, contou ter percebido algo estranho com o filho na semana passada. Só na consulta médica é que o menino falou o nome de quem o estava violentando. Preocupada, a cabeleireira procurou outra mãe que costumava deixar o filho com a mulher. O menino também deu detalhes dos abusos.

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