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PF vai investigar se houve infração de delegado que distribuiu fotos

O delegado Edmilson Pereira Bruno, que assumiu ter distribuído as fotos para a imprensa, pode ser submetido a advertência, suspensão e até mesmo demissão

Por Agencia Estado
Atualização:

A Polícia Federal informou nesta segunda-feira que está formando uma comissão que vai instaurar um procedimento disciplinar administrativo para investigar se houve infração por parte do delegado Edmilson Pereira Bruno, que assumiu ter distribuído as fotos do dinheiro apreendido pela PF com os petistas Gedimar Passos e Valdebran Padilha, envolvidos na tentativa de compra de um suposto dossiê contra o então candidato do PSDB ao governo de São Paulo, José Serra. A assessoria de imprensa da PF ressaltou que o delegado terá oportunidade de se defender no processo, que durará 60 dias, prorrogáveis por mais 60. As sanções que o delegado pode ser submetido vão de advertência, suspensão e até mesmo demissão. A Polícia Federal confirmou também que um inquérito policial foi instaurado para investigar se Bruno comentou crime. Neste caso, ele poderia até mesmo ser preso, se a Justiça assim decidir. O delegado que fará as investigações no inquérito ainda não foi escolhido. A assessoria da PF não confirmou se, realmente, há um ofício, autorizando a participação de Bruno na perícia realizada no Banco Central e na Caixa Econômica Federal, em que foram feitas as fotos do dinheiro. Os peritos negam essa versão. A PF também informou que a divulgação das fotos da apreensão do dinheiro do caso Lunus - no qual, em 2002, a instituição encontrou R$ 1,3 milhão no escritório da empresa da senadora Roseana Sarney (PFL), então pré-candidata à Presidência da República e de seu marido Jorge Murad -, ocorreu sob outra administração, decisão com a qual a atual Superintendência não concorda, sob argumento de evitar uso político e influência no processo eleitoral.

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