
04 de junho de 2009 | 09h32
O piloto do Voo 974 da Air Comet, que ia de Lima para Madri, disse ter visto "um forte clarão em trajetória descendente e vertical por cerca de seis segundos" na mesma hora em que desapareceu o Airbus da Air France, segundo o jornal espanhol El Mundo na edição desta quinta-feira, 4. O mesmo piloto informou também que encontrou fortes tormentas com atividade elétrica na região e devido à má condição climática ele foi obrigado a desviar 60 quilômetros da rota original.
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A imprensa francesa levantou a hipótese de que o Airbus teria se "desintegrado" no ar. O jornal Le Monde diz que o avião voava a uma velocidade "equivocada" o que, em conjunto com uma sequência de eventos excepcionais, teria causando uma explosão em pleno ar. A Airbus deve emitir um comunicado nesta quinta-feira destinado a todas as companhias que utilizam o Airbus A330, lembrando-as que os pilotos devem conservar a potência dos motores e a posição correta para manter o avião em equilíbrio em caso de condições meteorológicas difíceis.
Segundo o jornal Le Figaro, que cita fontes da investigação não identificadas, a tese da explosão no ar é reforçada pela grande área do Atlântico onde foram localizados destroços do aparelho, que voava com 228 pessoas a bordo. "É possível observar fragmentos ao longo de uma distância de mais de 300 quilômetros", segundo a fonte citada. O Figaro diz que uma explosão a cerca de 10 mil metros de altura poderia ocorrer por um fenômeno meteorológico "excepcionalmente violento", uma "brusca despressurização" ou um "atentado terrorista".
A tese não é compartilhada pelo ministro da Defesa brasileiro, Nelson Jobim, para quem a presença de óleo no oceano indica que não houve explosão do Airbus da Air France. Uma mancha com cerca de 20 quilômetros de extensão foi localizada nesta quarta-feira por aviões da Força Aérea Brasileira.
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