Pilotos do Legacy depõem na Polícia Federal de São Paulo

Joe Lepore e Jan Paladino pilotavam o jato que colidiu com o Boeing da Gol

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

Joe Lepore e Jan Paladino, os pilotos americanos do jato Legacy que colidiu com o Boeing da Gol, chegaram antes das 8 horas desta sexta-feira na Superintendência da Polícia Federal de São Paulo, onde devem depor ao delegado Ramón Almeida, em sigilo. O depoimento dos pilotos não tem horário para terminar, porém eles devem sair da PF e seguira para o Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, onde pegariam um avião para seguirem para os Estados Unidos. Durante o deslocamento pelo País os pilotos contam com segurança. Lepore e Paladino podem ser indiciados, mas mesmo assim responderão em liberdade, podendo se deslocar para os Estados Unidos, já que receberão de volta seus passaportes. O advogado José Carlos Dias, contratado pela empresa americana ExcelAire, que comprou o jato Legacy, deve acompanhar o depoimento. Investigações No dia 29 de setembro o jato Legacy colidiu com o Boeing da Gol, matando 154 passageiros. As investigações revelaram que os dois tiveram parcela de responsabilidade no acidente por não terem seguido o plano de vôo, nem adotado normas de emergência para evitar o choque. Além disso, o transponder do jato, equipamento vital na navegação aérea, estava desligado na hora do acidente, passando a funcionar no instante seguinte. A PF quer saber deles se o desligamento foi por imperícia, acidental, proposital ou falha do equipamento. O inquérito que apura o acidente tem por objeto investigar o crime de expor a perigo a segurança do tráfego aéreo, previsto no Artigo 261 do Código Penal. A pena é de dois a quatro anos de prisão. O parágrafo primeiro aumenta a pena para um período de quatro a 12 anos, quando o fato resulta em queda ou destruição de aeronave, como foi o caso. Quando o fato resulta em mortes, isso remete a outro crime, o de homicídio, que pode ser culposo (sem intenção), ou doloso. Como não houve intenção de matar, segundo apurou a PF, fica, desse modo descartada a hipótese de indiciamento por crime doloso.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.