Pinheiros lidera em queixas

Motoristas que circulam pela área da Sub fizeram 800 reclamações

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Por Daniel Gonzales
Atualização:

Quantos são exatamente os buracos em São Paulo ninguém sabe, pois esse total muda a cada dia. Mas a região em que os motoristas mais reclamam é a área atendida pela Subprefeitura de Pinheiros, nas zonas oeste e sul da capital paulista. Além do próprio bairro de Pinheiros, a regional compreende as regiões de Alto de Pinheiros, Jardim Paulista e Itaim-Bibi. Vieram dessa área 800 das 12.226 queixas registradas pela Prefeitura sobre buracos na rua, nos dois primeiros meses deste ano. Já bairros periféricos, como Cidade Tiradentes (zona leste), Perus (zona norte) e Parelheiros (zona sul), estão na ponta inferior desse ranking. Os três grandes bairros somam 99 queixas. Na região oeste, até vias que foram atendidas no ano passado pelo programa de recapeamento municipal estão esburacadas ou remendadas, após consertos efetuados por concessionárias de serviços públicos - a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) e a Companhia de Gás de São Paulo (Comgás) são as campeãs em multas. Desde 2003, a Prefeitura emitiu 925 multas, em um total de R$ 4,2 milhões, por problemas no serviço ou falta de aval administrativo. Um dos exemplos é a Rua Joaquim Floriano, no Itaim, cujo recapeamento ocorreu há oito meses. Na altura do número 164, no sentido bairro, duas crateras no asfalto obrigam os ônibus a desviarem, mas não são todos os motoristas que conseguem visualizar os buracos, principalmente quando ficam cheios de água. "Não tem onde se segurar e mesmo quem vai sentado chacoalha sem parar quando passa por aqui", diz Gilberto Silva, que toma ônibus todos os dias na região e é deficiente físico. Nas Ruas Iguatemi e Tabapuã, o recapeamento também não durou nem um ano. Nesta, no número 975, as falhas no pavimento foram cobertas por chapas de metal fixadas por asfalto nas laterais - o que foi classificado por comerciantes da região como "serviço porco". Na Iguatemi, um grande buraco foi causado pelo afundamento do asfalto. Na frente do número 140, a erosão ficou bem visível e provoca choques nos assoalhos dos veículos. Em outras vias, como nas Alamedas Itu e Jaú, na região da Avenida Paulista, ainda não há faixas de rolamento ou faixas de pedestres pintadas, três meses depois do término do recapeamento. E já sobrou até para as Marginais: na do Pinheiros, recapeada em 2007, um buraco toma conta do acesso para a Rodovia dos Bandeirantes, no sentido Santo Amaro. Em avenidas ainda não recapeadas, a situação é pior. Na Pacaembu (zona oeste), o asfalto está cheio de rachaduras, conhecidas como "costelas de vaca".

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