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Pires promete investimentos necessários no setor aéreo

Ministro da Defesa afirmou que vai recuperar a infra-estrutura aeroportuária do País e negou que governo Lula tenha diminuído investimentos no setor

Por Agencia Estado
Atualização:

O ministro da Defesa Waldir Pires, afirmou na manhã desta terça-feira que o governo vai fazer "todos os investimentos necessários e indispensáveis" à recuperação da infra-estrutura aeroportuária do País. Sem mencionar detalhes de projetos ou orçamentos, o ministro voltou a negar que o governo Lula tenha contingenciado verbas para o setor, o que seria uma das causas da atual crise. "Em 2005, por exemplo, tivemos um orçamento de cerca de R$ 490 milhões que foi totalmente executado, e o deste, falta pouco para ser concluído", disse Pires, após receber a Medalha do Mérito Mauá com outras autoridades que o Ministério dos Transportes considera terem contribuído para o desenvolvimento dos transportes. Crise Os atrasos de vôos nos principais aeroportos do País começaram no dia 27 de outubro, quando os controladores de tráfego aéreo do centro de controle de Brasília - o Cindacta 1 - decidiram iniciar um protesto, a chamada operação-padrão, contra a falta de profissionais. Logo depois do acidente da Gol, em 29 de setembro, como é praxe em casos de acidentes, dez controladores de vôo de Brasília entraram em licença médica. Em seguida, outros dez profissionais também pediram a licença. Desde o fim de setembro, 20 dos 160 controladores de Brasília deixaram temporariamente suas funções. Na operação-padrão, os controladores seguem as normas internacionais que determinam que cada operador deve controlar, no máximo, 14 aeronaves simultaneamente. Antes da operação, cada controlador chegava a monitorar até 20 aviões ao mesmo tempo. Com isso, o intervalo entre os pousos e decolagens aumentou, provocando uma seqüência de atrasos e cancelamentos de vôos em terminais aéreos de todo o País. O colapso no tráfego aéreo ocorreu no dia 2 de novembro, feriado de Finados, quando cerca de 600 vôos sofreram atraso. Milhares de passageiros sofreram com esperas de até 20 horas e os prejuízos chegaram até à rede hoteleira. Houve tumulto e quebra-quebra nos aeroportos de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, principalmente, e as polícias federal e militar foram acionadas para reforçar a segurança. Na ocasião, a Aeronáutica convocou 149 controladores para uma operação de emergência durante o feriado prolongado e a situação se normalizou. Para amenizar a situação, o governo anunciou a contratação de mais controladores de vôo, além de fazer o remanejamento de profissionais de outros centros de controle para Brasília, que precisam passar por treinamento antes de assumirem suas funções.

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