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Planalto diz que espera melhorias no desempenho nos próximos IDHs

Na avaliação do governo federal, índice ruim se deve às consequências de uma severa crise, da qual o Brasil já está saindo

Por Ligia Formenti
Atualização:
IDH.Palácio do Planalto está confiante em resultados melhores para o Brasil nos próximos indicadores Foto: Roberto Stuckert Filho

BRASÍLIA - O Palácio do Planalto atribuiu o desempenho brasileiro no Relatório de Desenvolvimento Humano preparado pelas Nações Unidas, divulgado nesta terça-feira, 21, em Brasília, à severidade de uma crise que, de acordo com o governo, está se dissipando. O texto informa ainda que o governo espera melhoria no desempenho de novas edições do relatório, que seriam reflexo das transformações em curso na atual gestão.

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"Os dados divulgados pela agência da ONU (Organização das Nações Unidas) ilustram a severidade da crise da qual apenas agora o País vai saindo."

A nota preparada pela Secretaria Especial de Comunicação, no entanto, traz um erro. Ela afirma que o Brasil caiu no ranking de 188 Estados avaliados, quando, na verdade o País permanece na mesma posição da registrada no estudo do ano passado, a 79ª. 

"Medidas como o controle das contas públicas, garantia dos gastos em saúde e educação, garantia do acesso à água por meio da conclusão do Projeto São Francisco, retomada do crescimento e do emprego se combinam para recolocar o País nos trilhos e criar uma realidade que logo será refletida nos indicadores internacionais", informa a nota.

Ao apresentar nesta terça-feira o relatório, o coordenador residente do Sistema ONU, Niky Fabiancic, afirmou que as Nações Unidas estão acompanhando atentamente as propostas de reforma do ensino médio, da previdência, trabalhista e tributária. 

A coordenadora do relatório no Brasil, Andrea Bolzon, observou que a maior preocupação é com as pessoas que estão em maior vulnerabilidade.

"A reforma é necessária, mas é preciso ter um olhar atento para não se penalizar alguns grupos, como agricultores e mulheres", disse.

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O mesmo ocorre com a reforma trabalhista. "É preciso cuidado para que trabalhadores não sejam explorados, não se enfrentam situações de insegurança no trabalho."

Andrea observou que está em curso no sistema das Nações Unidas um estudo mais aprofundado sobre as reformas que estão em discussão no País.

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