Plano de segurança do PT prevê tolerância zero

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

O Plano Nacional de Segurança Pública do Partido dos Trabalhadores, que será divulgado oficialmente em 26 de fevereiro, prevê "tolerância zero" para quadrilhas organizadas, que são as principais responsáveis por crimes como o seqüestro. De acordo com um dos organizadores do projeto, o ouvidor do município de São Paulo, Benedito Mariano, para conseguir este objetivo o plano estabelece uma união total entre as Polícias Militar e Civil e as Guardas Municipais. "É preciso mudar radicalmente o modo de trabalho das polícias. Não é possível que uma corporação fique encarregada de atuar exclusivamente na parte repressiva, como faz a Polícia Militar, enquanto a Polícia Civil só é responsável pela investigação", afirma Mariano. Segundo o Plano de Segurança, a unificação das polícias acabaria com a rivalidade existente entre as corporações. Será criado um serviço de inteligência que forneça informações para as duas polícias, como também uma única corregedoria. O piso salarial também seria unificado. O discussão sobre o poder das Guardas Municipais é mais abrangente. Elas não ficariam limitadas a atuar em logradouros e prédios públicos, e agiriam em cooperação com as Polícias Civil e Militar. "É um desperdício de material humano o que vemos hoje em dia. Só dificulta ainda mais o combate com a marginalidade", ressalta o ouvidor. O Plano de Segurança determina a desburocratização dos inquéritos policiais, para que haja rapidez na investigação dos processos e na prisão dos culpados. Outra medida polêmica é a diminuição do grau hierárquico na Polícia Militar e a extinção de diversas patentes. "São muitos cargos, é uma estrutura que compromete a PM. Os policiais não podem ficar aquartelados, cumprindo funções burocráticas. As ruas precisam deles", diz Mariano.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.