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PM apreende arma de policial que teria atingido estudante no Rio

Por Agencia Estado
Atualização:

A PM pediu a apreensão da arma do policial que trabalha como segurança na Universidade Estácio de Sá e, segundo telefonema anônimo do Disque-Denúncia, seria o autor do tiro que atingiu a estudante de Enfermagem Luciana Gonçalves de Novaes, de 20 anos, em 5 de maio. Segundo fonte da polícia, o segurança, cujo nome permanece em sigilo, ainda não é considerado suspeito. A arma, calibre ponto 40, o mesmo que acertou Luciana, será periciada. O segurança teria atirado ao confundir outro policial militar com um criminoso. O policial teria pulado o muro da Estácio para escapar de um tiroteio com traficantes do Morro do Turano, no Rio Comprido (zona norte), durante operação policial. O segurança deve ser ouvido nos próximos dias. Procurado pelo Estado, o titular da Delegacia de Repressão a Entorpecentes, Luiz Alberto Andrade, que conduz a investigação, não foi localizado. Na quinta-feira, mesmo dia em que Luciana fez 20 anos, o crime completou um mês sem solução e o inquérito foi prorrogado por 15 dias. Ela continua internada no Hospital Pró-Cardíaco, em Botafogo (zona sul), respirando com ajuda de aparelhos e sem os movimentos das pernas e dos braços. As únicas pessoas indiciadas até agora são o gerente administrativo da Estácio Marcelo Mariano, o gerente da TeleSegurança, empresa responsável pelo sistema de vigilância da universidade, Carlos Luiz Ferreira Duarte, ambos por fraude processual, e o policial Marco Ripper, por prevaricação. Os três estariam envolvidos na adulteração das imagens das câmeras de vigilância da Estácio, que resultou em inquérito paralelo ao do tiro que atingiu Luciana. O perito Ricardo Molina, da Unicamp, tenta recuperar os trechos perdidos. Hoje, uma operação da PM no Morro do Querosene, no Estácio, em que houve troca de tiros, assustou alunos da universidade. Eles telefonaram para a emergência da polícia ao ouvir o tiroteio.

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