PM de Araçatuba prende 33 suspeitos de pertencer ao PPC

No momento da ação, os presos estavam em um bar com pagode e churrasco, à espera de outros colegas que chegariam de diversas cidades de São Paulo

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Por Agencia Estado
Atualização:

A Polícia Militar de Araçatuba prendeu 33 pessoas acusadas de pertencer ao Primeiro Comando da Capital (PCC) quando se reuniam num bar de Araçatuba, a 530 quilômetros de São Paulo, para planejar novas ações criminosas. A prisão ocorreu depois de interceptações telefônicas feitas pelo serviço reservado da PM a partir da Penitenciária 2 de Presidente Venceslau. Os diálogos davam conta de que o PCC reuniria integrantes da área 018 (prefixo DDD) para batizar novos integrantes e planejar ataques entre sexta-feira e sábado. A blitz da PM ocorreu no Bar do Ferrinho, no bairro Santana, por volta das 14 horas deste sábado. Foram apreendidos cinco carros, quatro motos e 25 celulares. No momento da ação, os presos bebiam ao som de pagode e comiam churrasco, à espera de outros colegas que chegariam de diversas cidades de São Paulo. De lá, todos seguiriam para uma chácara ou rancho à beira do rio Tietê, onde haveria sessões de batismo de novos integrantes, reuniões para discutir a rearticulação da facção e novos ataques e uma festa de réveillon. Foi achado também um caderno com nomes e qualificações (prisões por onde passaram) de supostos candidatos a integrantes do PCC. A maioria dos presos é formada por detentos em saída temporária e foragidos de diversas penitenciárias do Estado. Dois suspeitos fugiram, um deles seria Manoel Julio Neto, o Santista, apontado pela PM como líder da facção no litoral paulista. Durante a revista, os PMs atenderam diversas ligações dos celulares dos presos dando conta da "festa do partido". Numa delas, uma voz feminina de uma pessoa de Sorocaba perguntava se o "campo" estava "limpo". A polícia de Araçatuba procurava na tarde e no início da noite de sexta-feira, 29, a localização exata da chácara ou rancho, onde estaria guardada uma grande quantidade de armas, que poderiam ser usadas em ataques. Por conta disso, o policiamento foi reforçado com a chegada de homens de cidades vizinhas. Até o início da noite a polícia de Araçatuba não havia conseguido identificar todos os presos.

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