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PM de Campinas investiga morte de jovens em operação policial

Por Agencia Estado
Atualização:

Oficiais da Polícia Militar de Campinas, responsáveis pelo inquérito policial militar que investiga o envolvimento de 13 PMs em uma operação que resultou na morte de dois jovens, estiveram nesta quinta-feira no bairro onde moravam as vítimas, na Favela 41, região do Jardim Campos Elíseos. Durante seis horas, os oficiais colheram 12 depoimentos de testemunhas, moradores, parentes e amigos dos rapazes. Os 13 policiais estão detidos no Presídio Romão Gomes, em São Paulo, enquanto ocorrem as investigações. Eles são acusados por parentes de William Douglas dos Santos, de 20 anos, e de Fabrício Francisco da Conceição, de 24, de os terem executado. Os PMs negam e afirmam que os rapazes foram mortos durante troca de tiros. O prazo da prisão temporária dos PMs, já prorrogada uma vez, se encerra nesta sexta-feira. A Polícia pode pedir nova prorrogação da temporária, soltar os policiais ou pedir a prisão preventiva, e nesse caso os PMs ficarão detidos até a conclusão do inquérito. Parentes e amigos dos dois rapazes prometeram reunir o maior número possível de testemunhas para depor em favor das vítimas no inquérito da Polícia Civil. O depoimento está marcado para terça-feira no 2º Distrito Policial de Campinas. Laudos dos exames de corpo de delito apresentados pelo Instituto Médico-Legal (IML) de Campinas indicaram que há ?sinais característicos? de que as vítimas foram atingidas por disparos ?a curta distância?. O pai de William, Juraci Santos, afirma que viu o filho vivo sendo levado na viatura dos policiais. As duas vítimas chegaram mortas ao Hospital Celso Pierro. A PM sustenta que eles estavam feridos quando os socorreu ao hospital. O inquérito da PM corre sob sigilo.

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