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PM diz ter estranhado comportamento de Suzane

Segundo o PM, quando ele saiu do local do crime, Suzane perguntou se os pais dela estavam bem. "Achei estranho porque, em momento algum, ela me disse que havia alguém na residência"

Por Agencia Estado
Atualização:

O policial militar Alexandre Paulino Boto foi a terceira testemunha a depor no julgamento de Suzane von Richthofen e dos irmãos Daniel e Christian Cravinhos. O depoimento do PM foi rápido e contundente. Em menos de 30 minutos, o policial detalhou o atendimento da ocorrência na casa da família Richthofen. Ele disse ter reparado no comportamento suspeito da filha mais velha, logo na noite do crime. Suzane, disse ele, mesmo sem entrar em casa, sabia que US$ 5 mil haviam sumido de uma caixinha no escritório. Boto disse que encontrou a casa revirada e os corpos de Manfred e Marísia estendidos na cama. Ele ainda estava com o braço esticado em direção a arma caída no solo. "Parecia uma cena de homicídio e suicídio. Mas daí localizamos umas jóias esparramadas e bagunça no interior da casa." Ao sair da residência, Suzane se aproximou e perguntou como estavam os pais. "Achei estranho ela me fazer aquela pergunta, porque, em momento nenhum, na nossa chegada, ela havia citado a presença de mais alguém na casa". Em seguida, o policial disse ter lhe questionado se ela tinha noção de que algo fora levado. Suzane imediatamente respondeu que havia uma caixinha com R$ 5 mil no escritório que tinha sumido. "De novo achei estranho. Porque, se ela não tinha entrado em casa, como sabia do sumiço do dinheiro?" Por volta das 17h30, o júri foi suspenso para um intervalo, quando a perita criminal Jane Marisa Millioni Pacheco Belucci, testemunha do Ministério Público, seria ouvida. Um problema em uma aparelho técnico, que exibiria imagens da cena do crime, atrasou o depoimento de Jane. Com isso, tomou a palavra o policial militar Alexandre Paulino Boto, que atendeu a ocorrência da morte dos Richthofen. Já deram suas declarações o irmão de Suzane, Andreas von Richthofen, e a delegada Cinthia Tucunduva, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Espera-se que a acareação entre Daniel e Suzane, para sanar dúvidas levantadas por contradições nos interrogatórios dos dois, seja feita nesta quarta-feira, 19. Contradições Em seus interrogatórios, Daniel, Christian e Suzane entraram em contradição. Daniel Cravinhos inocentou seu irmão, Christian, dizendo que matou sozinho o casal Richthofen. Christian repetiu a versão do irmão, dizendo que apenas confessou o crime para protegê-lo. Suzane, por outro lado, se defendeu das acusações de Daniel, segundo quem ela teria fumado maconha antes de conhecê-lo e não era mais virgem. Suzane rebateu as declarações, dizendo que apenas conheceu as drogas após começar o namoro com Daniel. Crime Suzane, seu ex-namorado Daniel e o irmão dele, Christian, confessaram ter planejado e matado os pais dela, Marísia e Manfred von Richthofen, a golpes de barra de ferro, na casa em que a família vivia, em outubro de 2002. Os três foram denunciados pelo Ministério Público por crime de duplo homicídio triplamente qualificado por motivo torpe, meio cruel e impossibilidade de defesa das vítimas. Ampliada às 19h48

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