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PM do Rio encontra 10 celulares no Complexo

Por Agencia Estado
Atualização:

Policiais do Grupamento Especial Tático- Móvel (Getam) da Polícia Militar do Rio de Janeiro apreenderam ontem 10 celulares escondidos em celas da Casa de Custódia Pedro Mello, uma das 15 unidades do Complexo Penitenciário de Bangu, na zona oeste do Rio. Alguns aparelhos tinham créditos para ligação e, como não estavam com os presos, a polícia ainda não sabe a quem pertencem. Além dos celulares, os policiais também encontraram cerca de um quilo de maconha e um de cocaína. Segundo o delegado Rodrigo Santoro, da 34ª Delegacia Policial, todo o material apreendido estava escondido em buracos na parede no piso e até nas tubulações de esgoto e de ar. "Tudo nos leva acreditar que os celulares pertencem aos presos", disse ele. Para a polícia, há indícios de que os aparelhos são confeccionados no próprio presídio, porque as peças dos telefones são de diferentes marcas. Nos celulares, foram colocadas senhas que impedem o acesso às agendas telefônicas e dificultam a identificação das chamadas recebidas. Depois da apreensão, alguns aparelhos chegaram a tocar e os policiais informaram que seriam parentes e namoradas dos presos, o que reforça a versão de que os celulares seriam dos detentos. Junto com os aparelhos, também foram encontrados 12 carregadores. Durante uma revista do Getam, que foi chamada para auxiliar na operação, os policiais descobriram buracos nas paredes e no piso das celas; 459 saquinhos de cocaína; 750 gramas de pó; 1.137 trouxinhas de maconha e 300 gramas da erva. A polícia suspeita que os entorpecentes eram preparados e embalados no próprio presídio para serem distribuídos entre os presos. Para tentar esconder a droga, eles camuflavam os buracos com uma mistura de sabonete e papelão. Segundo o delegado Rodrigo Santoro, da 34ª Delegacia Policial (Bangu), no último dia 18 do mês passado, outra grande apreensão ocorreu no presídio de Bangu I. O Ministério Público, com o apoio da Polícia Militar, encontrou sete celulares; 30 carregadores; fiação; cerca de 20 fitas de vídeo; documentos e 300 gramas de maconha. Antes dessa operação, a Polícia Federal havia gravado conversas entre os traficantes e, em uma delas, o traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, ameaçava de morte um "cliente" que lhe devia dinheiro. Em outra ligação, o criminoso conhecido como Chapolim negociava a compra de mísseis Stinger. No fim do mês passado, em outra revista, mais dois celulares foram encontrados, junto com cinco fones de ouvido, seis pacotes de pólvora, pavios e 18 pacotes de maconha.

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