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PM do Rio realiza operação em 16 favelas para capturar responsáveis por ataques

Na madrugada desta terça-feira, quatro suspeitos de incendiar veículos foram presos; segundo a Polícia, ordem para ataques pode ter vindo de presídios e seria resposta a transferências

Por Pedro Dantas , de O Estado de S. Paulo , e Solange Spigliatti e da Central de Notícias
Atualização:

RIO - Conforme anunciado nesta segunda-feira, 22, pelo comandante-geral da Polícia Militar do Rio, coronel Mário Sérgio Duarte, a polícia realiza uma operação em 16 favelas do Rio com o objetivo de capturar os criminosos responsáveis pelos recentes ataques ocorridos na cidade. Pelo menos duas pessoas já foram presas.

 

 

No morro da Mandela, em Manguinhos, subúrbio do Rio, a polícia prendeu um suspeito de participar dos crimes, além de realizar a apreensão de 2 mil sacoletes de cocaína, 50 kg de maconha prensada e um caderno com anotações que podem ajudar na investigação.

 

No morro do Carrapato, em São João do Miriti, uma pessoa foi detida portando quatro litros de gasolina em um Monza roubado.

 

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As operações ocorrem nas comunidades Mandela I, II e III, Varginha, Nova Holanda, Arará, Parque União, Jacarezinho, Cutia, Encontro, Tuiuti, Barreira do Vasco, Vila Joaniza, Barbante, Fallet, Fogueteiro e Vila Cruzeiro.

 

Incendiários. Na madrugada de hoje, a PM prendeu em Copacabana, na zona sul, Thiago da Costa Garcia, de 24 anos, acompanhado de dois menores, quando eles tentavam, segundo policiais, explodir bombas de fabricação caseira embaixo de um carro na rua Xavier da Silveira.

 

Após a prisão do trio, os policiais foram até o morro do Cantagalo, ocupado por uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP), onde prenderam Renan Fortunato de Couto, que também foi apontado pelos PMs como um dos homens que tentavam atear fogo no carro. O policiamento foi reforçado nas ruas da zona sul e arredores de distritos policiais, segundo a PM. Nesse momento, ocorre intensa troca de tiros na Vila Cruzeiro, onde comboio da PM teria sido atacado.

 

Presídios. Os ataques sofridos no Rio de Janeiro nos últimos dias podem ter sido ordenados de dentro de presídios, como resposta à transferência de detentos para fora do Rio, segundo informações do coronel Lima Castro, responsável pela comunicação social da Polícia Militar. Segundo a PM, esta é uma das hipóteses que está sendo apurada pela polícia para as recentes ações de violência.

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Reforço. O Comandante Geral, Coronel Mario Sérgio de Brito Duarte, determinou que fosse iniciada a Operação Fecha Quartel, que conta com cerca de 1.200 policiais militares deslocados do serviço burocrático para o policiamento ostensivo, a fim de aumentar a presença policial nas ruas.

 

Outra medida adotada foi a criação do Centro de Inteligência montado no 22ºBPM (Maré) para monitoramento de todas as ações, sob a Coordenação da Secretaria de Segurança. E a partir de hoje, mais de 300 novas motos reforçam o patrulhamento da região metropolitana.

 

(Com Luciana Fadon Vicente, da Central de Notícias)

 

Texto atualizado às 12h30.

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