PM investiga participação de sargentos em morte de juiz

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Por Agencia Estado
Atualização:

A Corregedoria da Polícia Militar do Espírito Santo abriu inquérito para investigar a eventual participação dos sargentos Heber Valêncio e Ranilson Alves da Silva no assassinato do juiz Alexandre Martins de Castro Filho. De acordo com o comandante-geral da PM, coronel Júlio César Lugatto, se for confirmado o envolvimento dos dois, eles serão expulsos da corporação. Em reportagem publicada neste domingo, o Estado mostrou que Valêncio e Silva estão sendo investigados porque há suspeita de que seriam intermediários entre o coronel da reserva Walter Ferreira, que está preso no Acre e é acusado de ser o mandante do crime, e os executores, dos quais três estão presos, e um, Odessi Martins da Silva Júnior, o Lombrigão, continuava foragido até o fim da tarde desta segunda-feira. Os dois policiais militares estão presos desde segunda-feira da semana passada, dia do assassinato. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, a corregedoria fará um levantamento da ficha de todos os policiais da corporação. Há suspeita de que muitos PMs envolvidos em crimes tenham requerido aposentadorias injustificadas por invalidez para escapar de processos. O governador Paulo Hartung (PSB) deve ir nesta quarta-feira a Brasília para discutir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a questão da segurança no Estado. Hartung vai levar documento que mostra a situação do Espírito Santo e propõe projetos de parceria no combate ao crime organizado. A polícia continuava nesta segunda em busca de Lombrigão. Desde a tarde deste domingo, mais de 25 pessoas supostamente ligadas ao acusado foram detidas na periferia da capital. Informações sobre a suposta localização de Lombrigão foram fornecidas à polícia por uma mulher cuja identidade não foi revelada. O inquérito sobre o caso está sob segredo de Justiça. O acusado já teria conseguido furar mais de dez cercos montados para a sua captura. A polícia ampliou as buscas, porque há informações de que Lombrigão teria deixado a região metropolitana de Vitória. Seriam expedidos mandados de busca para os Estados vizinhos ao Espírito Santo. Estava marcada para o início da noite desta segunda, na Catedral Metropolitana de Vitória, a missa de sétimo dia do juiz Alexandre Martins de Castro Filho. Alunos da Faculdade de Direito de Vitória (FDV), onde o juiz lecionava, políticos, magistrados e representantes de grupos de defesa dos direitos humanos eram esperados. Veja o especial:

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