PM prende parte de uma quadrilha de falsários em SP

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Por Agencia Estado
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Na expectativa de estourar um cativeiro com suposta vítima de seqüestro, policiais do 19º BPMM descobriram, no bairro do Iguatemi, na Zona Leste de São Paulo, um quadrilha com dezenas de documentos falsificados e a comprovação de que utilizaram alguns deles na compra de bens de consumo, como um automóvel. Três pessoas foram presas e levadas ao 54º DP - cidade Tiradentes, mas suspeita-se que outros marginais integrem o bando. A movimentação durante o dia na casa da Rua São Pedro, 602, no bairro do Iguatemi, quase na divisa com o município de Mauá, chamou a atenção de moradores na região. Segundo eles, chegavam marmitex e outros alimentos, mas à noite parecia não haver ninguém na casa. Tudo levara a crer que ali se encontrava uma vítima de seqüestro em cativeiro. Os policiais bateram à porta por volta de 20h30 de ontem. Alessandro da Silva Keller Cesar de Azevedo, de 30 anos, percebeu que era a PM e se negou a abrir. Pelo vitrô do banheiro ele foi visto escondendo algo no forro. Na casa estava também a namorada de Alessandro, Priscila Gomes Guiral Lopes, de 18 anos. Ali, segundo a PM, era o escritório da quadrilha e também servia de local para encontros de Priscila com Alessandro, que é casado. Ao entrarem na casa, os policiais encontraram no forro 22 carteiras de identidade, um título de eleitor, uma carteira de habilitação, oito carteiras de trabalho, oito talões de cheques, sete certidões de nascimento, 18 cartões de banco, dois cartões de supermercado, quatro carnês de creditários, cinco cartões de assitência médica e até holleriths falsificados e espelhos de documentos em branco. Havia também três cadernos, onde estavam anotadas contas bancárias abertas pela quadrilha com documentação falsa. Interrogado, o casal levou a polícia à casa da Travessa dos Fidelis, 46, no mesmo bairro, residência de Lindinalva Gomes Guiral Lopes, de 46 anos, mãe de Priscila. Ela, segundo eles, é a chefe da quadrilha. Na casa foi apreendido o automóvel Gol azul, ano 1994, de placa BZH-1258, comprado com documento falso em nome de Patrícia dos Santos. A polícia suspeita que o grupo aplicou golpes em várias instituições financeiras, pedindo empréstimos e realizando financiamentos que jamais serão pagos. O delegado de plantão no 54º DP ainda não decidiu em que artigos do Código Penal os três serão enquandrados.

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