Rio - Um grupo de cerca de 40 índios e manifestantes ligados à preservação da memória do povo indígena tomou um terreno em que se localizava o laboratório nacional de agropecuária, prédio desativado próximo ao estádio do Maracanã, zona norte do Rio de Janeiro.
A ocupação ocorreu na madrugada deste domingo, 15. Mais tarde, por volta das 16h30 deste domingo, 20 policiais do Batalhão de Choque retiraram os manifestantes. Segundo os policiais, a saída foi pacífica, mas manifestantes apontam truculência na retirada. Quatro indígenas permanecem no local e Wadih Damous, presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB Nacional, está intermediando as negociações para o desfecho do confronto.
Os índios consideram que o terreno em que o Consórcio Maracanã, gestora do estádio, instalou suas estruturas para a obra do entorno, pertence ao povo indígena e que a empresa não podia ter demolido um dos galpões do antigo laboratório. A questão está em debate no Judiciário.
A ocupação da Aldeia Maracanã, que fica em prédio contíguo ao ocupado pelos índios e simpatizantes da causa há meses, não será alvo de retirada, segundo a PM. No momento, há 25 policiais militares do 4º BPM no local, mas sem confronto.