PM sobrevive depois de ser atingido na testa

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Por Agencia Estado
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Atingido na fronte por um tiro disparado a um metro e meio de sua face, o soldado PM Sérgio Moreira dos Santos, de 43 anos, imaginou que iria morrer. Ainda atordoado, pouco depois, passou a mão na testa ensangüentada e a bala caiu. Era munição velha e o projétil não penetrou no osso de seu crânio. Com dois colegas, por volta de 1h da madrugada, ele averiguava uma suspeita de invasão à subestação de distribuição de energia da Eletropaulo, na Av. Cantídio Sampaio, 1700, na Zona Norte da capital. "Pela primeira vez fico feliz de você ser um cabeça dura", brincou seu encarregado, o sargento Edson Amorim, do 18º BPMM, enquanto o soldado era socorrido ao PS João Paulo I, de onde foi removido para o Hospital Militar. Mais tarde, já medicado, Moreira compareceu para o registro da ocorrência no 72ºDP - Vila Penteado. O vigia da subestação Eduardo Demeo foi indiciado por lesão corporal dolosa. A confusão, que poderia ter provocado a morte do policial, começou quando o técnico da Eletropaulo, Ubirajara Fernandes, foi chamado para realizar um reparo de emergência no dispositivo de automação. Ao chegar à subestação, percebeu que a porta estava aberta e imaginou que alguém houvesse invadido o local. Alguns metros dali, três policiais militares tomavam conta de uma furgão Sprinter, produto de roubo. Ubirajara os procurou, falou sobre sua suspeita e eles se prontificaram a acompanhá-lo ao interior da subestação. Entraram com cautela e o PM Moreira, que estava abaixado, surpreendeu-se com uma arma apontada para sua face, a 1,5 metro. Chegou a ver o cão da arma sendo afastado e o giro do tambor do revólver de calibre 38 especial, com oito projéteis. Em seguida avistou um clarão e sentiu a dor na testa. Haviam atirado contra ele. Os PMs socorreram o colega baleado e não saíram em perseguição ao atirador, que posteriormente explicou ter imaginado que eram ladrões de fios invadindo aquela área da Eletropaulo.

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