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PM Suzery reage a sequestro; mata um bandido e fere outro

Por Agencia Estado
Atualização:

A Policial Militar Feminina de Minas, Suzery de Lourdes Ribeiro Azevedo, de 29 anos, matou a tiros um bandido e deixou outro gravemente ferido, ontem à noite, em Contagem, região metropolitana de Belo Horizonte, ao reagir durante um sequestro-relâmpago. Segundo a policial, que estava de folga, ela e amiga Fabrícia Bessa, de 25 anos, desciam do carro, um Fiat Uno, quando foram abordadas pelos crimonosos Fernando Cruz e Washington Adriano Rosa, ambos de 19 anos. Armados com um revólver e uma pistola semi-automática, os dois mandaram que ambas passassem para o banco traseiro do veículo. "Eles pegaram nossos cartões bancários e de crédito, ocuparam os bancos da frente e começaram a circular conosco pelo bairro", disse Fabrícia. Fernando, que dirigia o carro, estacionou e Washington desceu para abrir o porta-malas do Palio, onde provavelmente eles pretendiam colocar as duas vítimas. Nesse momento, Suzely, também armada, sacou o revólver e disparou contra as costas de Fernando. Em seguida, atingiu Washington, que morreu a caminho do hospital. Fernando foi submetido a uma cirurgia no Hospital João XXIII, no centro. Como a bala atingiu uma vértebra, ele pode ficar paraplégico, segundo os médicos. A soldado foi recolhida ao batalhão em que trabalha, como determina o regulamento interno da PM, e permaneceria lá até que fosse concluída uma sindicância sobre o caso. De acordo com o delegado Vítor Kildare, responsável pelo inquérito da Polícia Civil, no entanto, ela deveria ser liberada a qualquer momento. "Ficou claro que a policial agiu em legítima defesa, o que, conforme o Código Penal, descarateriza o crime de homicídio e de tentativa de homicídio", disse. Deputados da Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa de Minas, que costumam investigar ações de policiais contra pessoas inocentes, prestaram solidariedade a Suzely. De acordo com o comandante do Estado Maior da PM mineira, coronel Severo Augusto, a manifestação dos parlamentares foi a prova de que "todos os cidadãos merecem a atenção dos Direitos Humanos, não importa o papel que desepenham na sociedade".

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