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PMDB quer criar CPI dos presídios em SP

Por Agencia Estado
Atualização:

A liderança do PMDB na Assembléia Legislativa de São Paulo está colhendo assinaturas dos deputados com o objetivo de criar a CPI dos presídios, para apurar as últimas ocorrências nas cadeias paulistas e a atuação do Primeiro Comando da Capital (PCC). A CPI foi sugerida pela deputada Rosemary Corrêa , líder do PMDB e relatora do setor de fugas e resgate da CPI do narcotráfico. São necessárias 32 assinaturas para a criação da CPI. No momento na Assembléia Legislativa, estão em andamento cinco CPIs, o número regimental para existência de comissões parlamentares naquela Casa. Acredita-se que a CPI do narcotráfico deverá ser encerrada no fim do mês - no momento encontra-se em fase de relatório. Assim, a CPI dos presídios só poderia ser criada a partir de março. Entre 95 e 96, funcionou na Assembléia a CPI do sistema prisional, criada por solicitação do deputado Aldo Demarchi (PSDB). O relator foi o deputado Wagner Lino (PT). Em seu relatório final, a CPI não cita em nenhum momento a descoberta ou atuação do PCC, mas garantiu que o sistema encontrava-se com sinais claros de colapso. "A super população já é de 100% de sua capacidade e se espera uma entrada no sistema de 100 mil novos detentos, o que inviabilizaria a médio prazo, toda a ação prisional", diz em um trecho do relatório. A CPI concluiu que "há suspeitas e indícios de que a corrupção se expressa das mais diferentes formas. No sub ou superfaturamento de compras, na venda de privilégios, ou mesmo direitos aos presos, na facilitação de fugas, no desvio de materiais destinados ao presídio e tráfico de drogas, gerenciamento de prostituição para encontros íntimos".

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