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Pode ser decretada prisão preventiva do ginecologista Bullamah

Por Agencia Estado
Atualização:

Após uma vistoria, em operação com a Polícia Civil, a Vigilância Sanitária de Ribeirão Preto interditou, no final da tarde desta segunda-feira, a clínica do ginecologista Vanderson Bullamah, o responsável pela lipoaspiração feita na estudante universitária Helen de Moura Buratti, de 18 anos. Buratti teria morrido em conseqüência da operação. Foram apreendidos um instrumento usado em cirurgia de lipoaspiração e uma fita de vídeo, que não foi analisada. Medicamentos vencidos também foram encontrados. A Vigilância Sanitária poderá divulgar o balanço da operação nesta terça-feira ou quarta. Bullamah ainda não foi ouvido pela polícia, mas poderá ter prisão preventiva decretada a qualquer momento. Um dos médicos de Bullamah, Armando Nogara, acompanhou a operação na clínica e informou que o ginecologista está abalado e prestará depoimento nos próximos dias. No último sábado, um dia após a morte da universitária, o Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp), aplicou uma suspensão cautelar, por tempo indeterminado, ao ginecologista. Em 1996, duas pacientes de Bullamah morreram após lipoaspiração. Em 1999, o Cremesp cassou o registro profissional do médico, que recorreu ao Conselho Federal de Medicina (CRF), em Brasília, que, por sua vez, o suspendeu por apenas 30 dias. Bullamah ficou preso por oito dias em 1999. No caso de Helen, ela foi operada na quinta-feira e, por insuficiência renal, causada por perda de sangue, provavelmente durante a cirurgia, segundo a necropsia feita no dia seguinte, morreu na noite de sexta-feira, na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), no Hospital Beneficência Portuguesa. O delegado do 1º DP Marcos César Borges, que fez a apreensão dos materiais encontrados na clínica de Bullamah, pode pedir a prisão preventiva do ginecologista.

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