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Poli fez mais prefeitos; São Francisco, presidentes

Por Bruno Paes Manso
Atualização:

A Faculdade Politécnica da USP, que completa 115 anos no dia 15, é a escola que mais formou prefeitos desde o início do século passado. O primeiro foi Luís Inácio de Anhaia Melo (1930-1931), sucedido por outro politécnico, Henrique Jorge Guedes. O engenheiro Francisco Prestes Maia, responsável pelo plano de avenidas que deu a cara atual da cidade, governou em dois mandatos (de 1938 a 1945 e de 1961 a 1965). Três ex-prefeitos politécnicos viraram governadores: Paulo Maluf, empossado em 1969 e 1993, Mário Covas, que assumiu em 1983, e José Serra, que se elegeu em 2005 na chapa que levou o prefeito Gilberto Kassab ao poder. A Poli também formou cinco governadores. Nenhum formado pela Politécnica foi ainda eleito presidente. Situação que contrasta com a da Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, que forneceu 12 presidentes ao Brasil. O primeiro foi Prudente de Moraes (1894-1898) e o último, Jânio Quadros (1961). O prefeito Gilberto Kassab não gostou muito ao ser perguntado sobre o que achava da discrepância. "Será que os engenheiros são mais concretos e, por isso, mais ligados a questões objetivas da rotina da cidade?", sondou a reportagem. "O que você quer dizer? Que a minha carreira política se encerra por aqui?", brincou o prefeito, com uma pontinha de mágoa, suficiente para o ambiente constrangedor que pesou em seguida sobre a reportagem.

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