Polícia acha que assassinos de juiz foram resgatados

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Por Agencia Estado
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A Polícia Civil suspeita de que os assassinos do juiz de execução criminal de Presidente Prudente, José Antonio Machado Dias, de 47 anos, possam ter abandonado o carro usado no crime - um Fiat Uno branco, 1977, com placa falsa -, trocado de roupa e roubado uma Parati minutos depois do crime para despistar a polícia. O carro se dirigia para a cidade de Alfredo Marcondes. Entretanto, devido à alta velocidade, eles teriam perdido o controle da direção e capotado com o automóvel. Mesmo feridos, teriam sido resgatados por outras pessoas. Até a tarde deste sábado, a polícia fazia uma busca em hospitais, e esses homens passaram a ser os grandes suspeitos da morte do juiz. A polícia já tem o depoimento de cinco testemunhas que, ou presenciaram a execução, ou o roubo da Parati. Segundo uma testemunha, duas pessoas estavam na Parati e foram resgatadas por outras pessoas que estavam em um carro não identificado. Além disso, a polícia também conta com o depoimento de um soldado da Polícia Militar, que, de folga, estava próximo ao local do crime e viu o Uno fugir, e uma mulher que está ajudando a polícia a fazer o retrato falado de um dos bandidos. Segundo amigos do juiz, ele vinha sendo ameaçado constantemente, e essas ameaças aumentaram com a vinda de Beira-Mar para o presídio. Após a morte do juiz, a Polícia Militar fez um cerco na cidade para tentar capturar os bandidos. A polícia recebeu um aviso de que haveria uma lista de possíveis vítimas do PCC e do Comando Vermelho. A lista não foi confirmada pelas autoridades. Além disso, desde este sábado, os sete juizes titulares, os dois auxiliares e os dez promotores da região estão recebendo segurança de escolta policial. O objetivo é evitar possível atentado. A Prefeitura de Presidente Prudente decretou luto oficial por três dias em respeito à morte do juiz.

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