Polícia agora vai atrás do dinheiro do PCC

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

Os delegados que investigam o Primeiro Comando da Capital (PCC) vão solicitar à Justiça a quebra do sigilo bancário e telefônico das mulheres e dos familiares dos bandidos que chefiam a organização criminosa. O objetivo é saber onde está o dinheiro arrecadado com extorsões, seqüestros e assaltos e localizar casas, apartamentos e carros comprados por eles nos últimos anos. O pedido vai alcançar também a revendedora de carros de Wanderson Newton de Paula Lima, o Andinho, que vendia e comprava automóveis nacionais e importados. Andinho seria dono de uma casa de luxo num dos condomínios mais caros de Presidente Prudente, onde moram empresários, juízes e industriais da região. A família do seqüestrador morava numa casa ampla em Mairiporã, comprada pelo bandido por R$ 300 mil à vista, e mudou-se para o condomínio assim que ele foi levado da cadeia de Campinas para a Penitenciária de Presidente Bernardes. Andinho teria comprado o imóvel para que a mulher estivesse mais próxima. Prudente fica a 20 quilômetros de Bernardes. André Batista de Oliveira, o Andrezão, um dos "pilotos" do segundo escalão do Primeiro Comando da Capital (PCC), deu ensta quinta-feira as indicações para o Deic tentar encontrar na região de Campinas mais de 100 quilos de explosivos em poder da facção criminosa. No começo do ano, o PCC roubou 200 quilos de dinamite que estavam sendo transportados de caminhão para uma pedreira, no interior do Estado. Parte do explosivo foi utilizada nos atentados aos prédios dos Fóruns João Mendes e Barra Funda e na preparação do Gol que deveria explodir em frente ao prédio da Bolsa de Valores. Os "pilotos" interrogados desde a semana passada no Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado (Deic) serão levados nesta sexta-feira de avião a Presidente Bernardes e recolhidos à penitenciária da cidade. "Todos ficarão em celas separadas, isolados, sem visita íntima, televisão e rádio", disse o diretor do Deic, Godofredo Bittencourt Filho. No departamento, criminosos responsáveis pelo segundo escalão do PCC continuam revelando detalhes da organização, que era chefiada por José Márcio Felício, o Geleião, Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, e Cesar Augusto Roris da Silva, o Cesinha. Segundo a polícia, os chefes do PCC hoje são Marcola, Júlio Cesar Guedes de Moraes, o Julinho Carambola, e Sandro Aparecido da Silva Santos, o Gulu. Geleião e Cesinha estão jurados de morte.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.