Polícia apreende arsenal que seria usado em fuga de presos

Armas seriam usadas numa operação para libertar detentos da Penitenciária de Valparaíso

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Por Agencia Estado
Atualização:

A Polícia de Araçatuba apreendeu nesta segunda-feira seis metralhadoras, dois fuzis, duas pistolas automáticas, uma granada, coletes a prova de bala e farta munição, que seriam usados numa operação para libertar detentos da Penitenciária de Valparaíso, onde 951 presos vivem ao relento depois da destruição da unidade, na rebelião que começou dia 10 e terminou em 12 de maio. Depois de denúncia anônima a PM prendeu seis pessoas e apreendeu três carros em duas casas da periferia da cidade. Apesar da prisão, a polícia não conseguiu evitar a fuga de oito detentos, que saíram sem ser vistos pelos agentes por um túnel construído rente a muralha do presídio. Os detentos se esconderam num canavial e não tinham sido encontrados até as 18 horas desta segunda-feira. A PM cercou o presídio e fez a recontagem dos detentos. Na noite de sexta-feira o detento Roberto Félix de Oliveira, 27 anos, morreu eletrocutado. No sábado a informação era de que ele tinha sofrido um choque elétrico na cozinha, mas nesta segunda-feira descobriu-se que ele foi vítima de um choque dentro do túnel. Foragidos Até o final da tarde desta segunda-feira a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) tinha contabilizado 23 detentos foragidos neste final de semana nas penitenciárias de Valparaíso, Pirajuí e Pacaembu. Na madrugada de sábado, 17 detentos fugiram, de Pacaembu, e um outro morreu na tentativa de fuga. Nesta segunda-feira, segundo a SAP, 11 deles tinham sido recapturados. Na madrugada dessa segunda-feira outros 17 detentos fugiram da penitenciária de Pirajuí, também por um túnel. Até as 18 horas a PM tinha recapturado oito deles. A Penitenciária de Pirajuí tem capacidade para 850 detentos, mas contava com 1200 na hora da fuga. Em Irapuru, no oeste do Estado, o Conselho de Segurança do Município pediu a interdição da penitenciária. A SAP tentava no final da tarde desta segunda-feira convencer as autoridades municipais de que é impossível interditar a unidade porque não há para onde transferir os detentos.

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