Polícia apreende helicóptero usado no assassinato de Gegê e Paca

Aeronave teria transportado líderes do PCC para reserva indígena no Ceará, onde foram mortos em emboscada

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Por Marco Antônio Carvalho
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SÃO PAULO - Policiais civis do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) apreenderam o helicóptero usado no assassinato de Rogério Jeremias de Simone, o Gegê do Mangue, e Fabiano Alves de Souza, o Paca, apontados como as maiores lideranças soltas do Primeiro Comando da Capital (PCC). O crime aconteceu há duas semanas na reserva indígena Jenipapo Kanindé, em Aquiraz, na região metropolitana de Fortaleza.

Helicóptero atribuído a Felipe Ramos Moraes usado na ação criminosa Foto: Deic/Polícia Civil

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Segundo o Deic, o helicóptero e outra aeronave apreendida pela polícia pertencem ao piloto Felipe Ramos Moraes, suspeito de ter se envolvido na morte dos dois integrantes da facção criminosa. Os policiais encontraram também duas lanchas em marinas do Santos e de Guarujá, no litoral sul paulista, que seriam de Moraes.

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Um dos helicópteros que, segundo a polícia, pertencem ao piloto Felipe Ramos Moraes; este não é o usado no crime no Ceará Foto: Deic/Polícia Civil

Os dois mortos no Ceará haviam comprado nos últimos meses quatro imóveis no Estado, incluindo uma casa no condomínio Alphaville, em Aquiraz. Só ali a dupla gastou R$ 2 milhões. Paca passou férias em Fortaleza em 2017. Ele e Gegê fretaram um ônibus para levar os familiares até Fortaleza. Depois, despediram-se dos familiares - que apanharam o ônibus - e embarcaram no helicóptero. 

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Lancha foi apreendida no litoral sul paulista Foto: Deic/Polícia Civil

A aeronave havia saído de São Paulo, levando pelo menos cinco homens. O piloto seria Moraes. Os demais integrariam a facção. A inteligência da polícia acredita que o grupo tenha partido para o Ceará já com a missão dada pela cúpula para matar os chefes.

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Depois do embarque em Fortaleza, o helicóptero pousou em Alquiraz, onde os dois foram executados. Gegê e Paca levaram tiros no rosto e facadas nos olhos. Era um recado: demonstraram ter olho grande demais.

Lanchas apreendidas eram de alto padrão Foto: Deic/Polícia Civil