Polícia carioca deverá aumentar investigação com microcâmeras

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Por Agencia Estado
Atualização:

O chefe da Polícia Civil, Zaqueu Teixeira, disse hoje que as operações em que policiais utilizam microcâmeras para filmar criminosos serão intensificadas. Graças a esse tipo de ação, a polícia conseguiu identificar quinze integrantes de uma quadrilha de 50 pessoas que se reuniam numa praça da Favela Barreira do Vasco, em São Cristóvão, zona norte do Rio. O grupo, que roubava carros, utilizava o local como central do crime organizado na região. Três dos dez mandados de prisão expedidos depois da análise das fitas já foram cumpridos. Dois bandidos foram mortos em operações policiais na favela, em outubro. Aqueles que ainda estão em liberdade deverão ser presos nos próximos dias, acredita Zaqueu Teixeira. ?Nós divulgamos as imagens (pela TV Globo) para conseguirmos identificar os criminosos. Pedimos que as pessoas que saibam alguma informação sobre os criminosos que aparecem no vídeo que liguem para o Disque-Denúncia.? Ainda falta identificar 35 bandidos, mas Teixeira disse que a quadrilha já está desarticulada. ?Os que não conseguimos prender, fugiram de lá e não estão mais atuando?, afirmou. Denúncias Desde a divulgação das fitas gravadas na Barreira do Vasco, doze pessoas ligaram para o Disque-Denúncia (21-2253-1177) para passar informações sobre o bando. No mês de outubro, foram 40 telefonemas. Muitas delas sobre Luiz Claudio da Rocha Mero, o Berola, de 29 anos, acusado de ser o líder dos traficantes da Barreira do Vasco. O coordenador do Disque-Denúncia, Zeca Borges, disse que um relatório sobre o traficante está sendo elaborado e será entregue à Secretaria de Segurança Pública. Berola estaria refugiado em São Paulo. A polícia paulista já foi contactada pela fluminense. Ele é um dos que aparece nas gravações feitas pela Polícia Civil. As fitas mostram bandidos numa praça no alto da favela. Eles limpam, desmontam e testam metralhadoras, pistolas e fuzis. Em vários momentos, atiram para o alto. Noutros, saem da favela para roubar carros e voltam com os veículos, que seriam utilizados para fazer ?bondes? (comboios de traficantes) pela cidade. Além disso, eles aparecem consumindo drogas. Tecnologia Zaqueu Teixeira defendeu que a polícia invista na tecnologia. ?Para realizar as gravações, colocamos um policial em posição estratégica, com grupos próximos a ele para socorrê-lo, caso necessário?, disse. As gravações na Barreira do Vasco foram feitas durante dois meses. A polícia procura agora os traficantes Luiz Mariano Nunes, Otávio Fernandes Gonçalves, Carlos da Conceição Vieira, Dênis Espírito Santo, José Renato Fernandes e Celita Celino da Costa ? esta, dona de uma birosca na favela, aparece nas fitas servindo comida aos bandidos. A polícia já sabe que traficantes de outros morros, como Jacaré e Arará, agiam em conjunto com os da Barreira do Vasco.

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