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Polícia cerca sede do Banestes para impedir roubo de documentos

Por Agencia Estado
Atualização:

Depois que a Justiça Federal decretou a intervenção no Banco do Estado do Espírito Santo, agentes federais da força-tarefa de combate ao crime organizado no Estado cercaram a sede administrativa do Banestes, no centro de Vitória, para evitar que os integrantes da diretoria destituída do banco e do Comitê de Privatização retirassem 1.5 mil caixas com documentos do Banestes Seguros (Banseg), Coordenadoria Jurídica, do setor tributário e da comissão de privatização, além de 70 malotes do banco. Os funcionários do banco denunciaram a movimentação para a retirada dos documentos. O Sindicato dos Bancários comunicou o fato ao procurador da República no Espírito Santo, Henrique Herkenhoff, que acionou a Polícia Federal. O coordenador do comitê de privatização, Márcio Lino, foi detido quando saía em seu carro, um Escort, placa GSA 4387, com documentação. No veículo, a polícia encontrou três caixas e uma maleta com documentos. Até o início da noite desta sexta-feira, a PF manteve os diretores da instituição detidos na sala de reuniões. Todos os carros que saíam do prédio eram revistados. A Justiça Federal determinou intervenção na diretoria do Banco do Estado do Espírito Santo (Banestes) acatando o pedido de Herkenhoff, determinou o afastamento da diretoria do banco e que o Banco central indique um novo administrador para a instituição. A decisão servirá, segundo a Justiça Federal, para que não desapareçam as provas de oferecimento de propina a deputados estaduais envolvendo o secretário de Transportes e Obras Públicas do Governo do Estado, Jorge Hélio Leal, e o empresário Carlos Guilherme Lima, preso pela Polícia Federal nesta quinta-feira, acusado de lavagem de dinheiro, ocultação de bens, sonegação de impostos e fraudes em licitações públicas, entre outros crimes. O procurador afirmou que houve desvio de recursos públicos vindos de um financiamento do BNDES, que passaram pelo Banestes e teriam ido parar na conta do empresário Carlos Guilherme Lima.O procurador argumentou ainda que comprovação de oferecimento de propina, pelo empresário Carlos Guilherme Lima, a deputados estaduais para aprovação do projeto de privatização do banco motivou a intervenção. Segundo o procurador Henrique Herkenhoff, os correntistas não devem ficar preocupados pois a intervenção não tem nada a ver com a saúde financeira do banco. Nenhuma agência será fechada.

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