FLORIANÓPOLIS -
No segundo dia de ofensiva das forças de segurança, a Polícia Civil de Santa Catarina deflagrou a operação Hidra de Lerna. Com o objetivo de enfraquecer a facção PGC (Primeiro Grupo da Capital), a ação envolveu 200 policias que cumpriram 72 mandados de prisões de adultos e 57 buscas de apreensões em sete cidades do Vale do Itajaí e Norte de Santa Catarina. Em coletiva de imprensa, Osnei Vladir de Oliveira, o delegado da Divisão de Investigação Criminal de Balneário Camboriú (DIC), que coordena a operação, informou que foram presos 30 pessoas durante a manhã. Já estavam detidos no sistema prisional outros 14 suspeitos de estarem envolvidos em mais de 50 ataques a prédios públicos e agentes da segurança desde o dia 30 de agosto.
"Estes presos vão responder por integrarem organização criminosa, associação ao tráfico e tráfico de dorgas, mas também capturamos envolvidos na execução do policial militar de Camboriú (sargento Edson Abílio Alves) e outros que participaram de um execução de um membro de uma facção inimiga", disse.
Segundo o delegado, a tendência é que as ações criminosas diminuam com as duas operações da Polícia Civil, que ontem colocou 300 agentes nas ruas na Operação Independência, coordenada pela Deic, e que cumpriu 100 mandados expedidos pela Justiça.
"Tanto a Hydra, quanto a Independência objetivam desarticular as organizações, mas elas tramitam em paralelo, com troca constante de informações. A tendência é que as ações criminosas diminuam com a prisão de lideranças e responsáveis pela comunicação da organização criminosa. Houve uma quebra no fluxo de informações e na transmissão das ordens para os ataques", afirmou Alves.
O nome da operação desta sexta faz alusão à mitologia grega. Hidra era um monstro, filho de Tifão e Equidna. Ela possuía várias cabeças, e ao cortar uma delas, outras duas nasciam em seu lugar. O mesmo ocorre com grupos criminosos. Com a prisão de líderes, novos bandidos assumem o comando das ações.
Nesta madrugada (8) foi registrado um atentado em Araquari, no Norte do Estado. O alvo foi uma oficina mecânica. No estabelecimento são consertados veículos da Polícia Militar. Por volta das 2h, dois homens atiraram um coquetel molotov (bomba de fabricação caseira) no galpão. O fogo danificou superficialmente três viaturas.