PUBLICIDADE

Polícia controla rebelião em presídio do Recife

Um detento foi morto e outros 40 ficaram feridos; oito pavilhões do Aníbal Bruno foram atingidos

Por Angela Lacerda
Atualização:

Depois de controlada por volta das 23 horas de domingo,11, uma rebelião iniciada seis horas antes no Presídio Aníbal Bruno, no Recife, um novo tumulto ocorreu na manhã desta segunda-feira, no mesmo local. Uma nuvem de fumaça em conseqüência de colchões queimados foi vista e presos com as cabeças cobertas com camisetas subiram no telhado. A polícia - batalhão de choque, operações especiais da PM e companhia independente de policiamento com cães - voltou a intervir e a situação foi controlada. Do lado externo ouviu-se barulho que podiam ser de tiros ou bombas de efeito moral. De acordo com a Secretaria estadual de Ressocialização, tratou-se de um foco de resistência de alguns apenados. A área foi interditada e familiares - desesperados - foram afastados do portão principal. Uma pessoa morreu - o detento Thiago Batista de Lima, 19 anos - e 40 ficaram feridas na rebelião do domingo. Oito pavilhões do Aníbal Bruno foram atingidos - seis ficaram danificados e dois destruídos. Vistoria realizada nas celas durante a madrugada resultou na apreensão de armas brancas. Nenhuma arma de fogo foi encontrada. O Ministério Público estadual anunciou que vai pedir abertura de inquérito para apuração dos crimes. Maior presídio do Estado, com capacidade para 1,4 mil presidiários, o Aníbal Bruno comporta 3,6 mil atualmente. Entre as hipóteses que levaram à rebelião incluem-se briga entre detentos, problemas com o chaveiro de um dos pavilhões e transferência de um detento para outra prisão. Matéria ampliada às 18h37

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.