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Polícia de Campinas acha laboratório de cocaína do PCC

Comandante do grupo no interior do Estado foi preso com seu advogado

Por Agencia Estado
Atualização:

A Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes (Dise) de Campinas, a 100 quilômetros de São Paulo, acredita que desmontou, na noite de sexta-feira, 16, um laboratório itinerante de processamento de uma tonelada por mês de cocaína. A produção, pertencente à organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), de acordo com a polícia, abastecia todo o interior de São Paulo. Na ação policial, resultado de 50 dias de investigações, foram presos Alex Chervenhak, de 29 anos, conhecido pela inicial J., e seu advogado João de Oliveira, de 59 anos. Eles estavam nos fundos do "Bar do Primo" na cidade de Nova Odessa, na Região Metropolitana de Campinas acompanhados de outras quatro pessoas, entre elas uma mulher. Todos os presos serão processados por associação para o tráfico de drogas. J. é, segundo o delegado, um dos comandantes do PCC no interior paulista. Depois das ações da polícia contra a organização criminosa que acabaram com a prisão de importantes comandantes nos últimos meses, o PCC redefiniu sua estrutura e redistribuiu o controle de cada "torre (espécie de gerente regional)" para cada área determinada de Discagem Direta a Distância (DDD) do sistema de telefonia. Antes, J. atuava na região de DDD 19, de Campinas, passou a atuar em outros locais com os DDDs 012, região de Caraguatatuba; 014, Bauru; e 016, região de Araraquara. No bar a polícia também encontrou 20 quilos de cocaína que estavam passando pela diluição com outros materiais para serem colocados à venda. Também foram apreendidos 200 quilos de xilocaína, além de dezenas de frascos com éter e ácido sulfúrico, utilizados para refinar a pasta de cocaína. Depois das prisões a polícia fez vistorias em várias chácaras de Capivari, Campinas, Monte Mor e Sumaré, por onde passou a quadrilha, de acordo com as investigações. Em Sumaré, os policiais descobriram outros 26 quilos de cocaína já processada. Além da droga a polícia apreendeu três carros e vários celulares. "Para não ser encontrado, o grupo não ficava mais que cinco dias em um mesmo lugar. O advogado era o responsável por alugar as chácaras ou outros locais para o refino da droga", disse o delegado titular da Dise, Marcos Galli Casseb para quem o PCC levou um duro golpe no sistema financeiro, baseado hoje no tráfico de drogas, com a prisão de J.

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