
22 de fevereiro de 2017 | 14h35
PORTO ALEGRE - Um túnel de 50 metros que seria utilizado para uma fuga em massa da Cadeia Pública de Porto Alegre (Presídio Central) foi descoberto pela Polícia Civil. A obra, segundo as autoridades, tem início em uma casa alugada, vizinha à cadeia, no bairro Partenon, e era financiada por facções criminais que dominam a venda de drogas na região metropolitana. A polícia acredita que centenas de presos fossem fugir ainda neste carnaval. Sete pessoas foram presas nesta quarta-feira, 22, trabalhando na obra.
A investigação sobre a produção do túnel teve início há cerca de quatro meses. Uma casa foi alugada pelos criminosos, que fingiam fazer melhorias na residência. Entretanto, lá dentro, operários trabalhavam 24 horas por dia para aprontar o túnel, que possui 60 centímetros de altura e precisava de apenas dez metros para chegar ao presídio.
"É um plano de fuga sem precedentes", avaliou o delegado Rafael Pereira, um dos responsáveis pela investigação.
Segundo ele, havia até um cronograma de quem deveria utilizar a estrutura para sair primeira cadeia: primeiramente os líderes da facção, depois seus sucessores, após os gerentes e, então, os demais presos que pagassem pelo acesso, que estava sendo comercializado por até R$ 20 mil. A estimativa é que a obra tenha custado R$ 1 milhão.
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