Polícia diz estar próxima de desvendar morte de casal

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

A polícia informou nesta quinta-feira que está muito próxima de desvendar o assassinato do diretor de engenharia da Dersa, Manfred Albert von Richthofen, de 49 anos, e da mulher, a psiquiatra Marísia von Richthofen, de 50. Na noite de hoje, os policiais do 27º Distrito Policial, na zona sul da capital paulista prenderam Cristofer Cravinhos de Paula e Silva, irmão mais velho do namorado da filha do casal Suzane Louise, de 19 anos. Daniel Cravinhos de Paula e Silva, de 21 anos, também está sendo interrogado. Na manhã do dia seguinte ao do crime, Cristofer comprou uma moto de R$ 12.400, pagando parte dessa quantia em 36 notas de US$ 100. A polícia suspeita que os dólares tenham sido fruto do roubo na casa. Segundo a filha das vítimas, os assassinos teriam levado R$ 8 mil e US$ 5 mil. O crime ocorreu na semana passada. O casal foi morto por espancamento. Os dois foram achados na cama e, aparentemente, foram colocados lá depois de mortos. Desencaminhado e tatuado Cristofer comprou uma moto Suzuki 1.100 e viajou para um sítio no interior com a namorada, o sogro e a sogra. Eles voltaram a São Paulo na segunda-feira. Cristofer - que foi definido pelo pai, Astrogildo de Paula e Silva, como um rapaz "desencaminhado" - tem 31 tatuagens pelo corpo. Ele mora com a avó na zona sul, onde a moto ficou até terça-feira, quando o rapaz a levou para a casa do pai. Os policiais descobriram a aquisição porque estavam investigando a família de Daniel. Assim que souberam da moto, chamaram Cristofer para a delegacia, com a desculpa de que ele faria um reconhecimento. Ele foi com o pai. Para proteger o filho, Astrogildo disse aos policiais que a moto era de um amigo seu. Ele próprio se surpreendeu quando Cristofer disse: "Vou ser sincero com você. Fui eu que comprei a moto." Sem explicação Segundo o delegado Enjolras Relo, Cristofer não soube explicar a origem do dinheiro. "Não tenho como te falar como consegui o dinheiro", disse Cristofer ao pai na presença dos policiais. A polícia pedirá a prisão temporária do rapaz. A existência de uma segunda arma, uma espingarda calibre 12, havia intrigado a polícia hoje. Mafred tinha duas armas registradas em seu nome. Uma é o revólver da marca Rossi, calibre 38, encontrado ao lado do corpo. A outra é a espingarda da mesma marca. Ambas foram compradas há cerca de seis ou sete anos. A existência da espingarda não havia sido até agora divulgada pela polícia. Ela não foi apreendida na casa. Os investigadores querem saber se Manfred ainda a mantinha, pois não há registro de que tenha sido furtada ou roubada.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.