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Polícia diz que já pode indiciar padrasto pela morte de Joaquim

Para delegado, há provas para acusá-lo de homicídio doloso; Justiça negou pedido de soltura do casal

Por Rene Moreira
Atualização:

RIBEIRÃO PRETO - A polícia de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, disse já ter elementos suficientes para indiciar o técnico em informática Guilherme Longo, de 28 anos, padrasto de Joaquim Ponte Marques, pela morte do menino.

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"Ainda precisamos colher mais provas, mas, com as que a gente tem, já é possível indiciar o Guilherme por homicídio doloso", afirmou o delegado Paulo Henrique Martins de Castro, da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Ribeirão Preto.

Segundo Castro, é preciso aguardar também laudos vistos como essenciais para explicar o que aconteceu na madrugada do desaparecimento de Joaquim. Guilherme Longo é considerado pela polícia o principal suspeito no caso e prestou novo depoimento na tarde desta segunda-feira, 18.

O teor não foi divulgado, mas, segundo o delegado, ele repetiu a versão anterior - que colocou o menino para dormir e saiu para comprar drogas, deixando a porta aberta e o portão trancado.

A mãe de Joaquim, a psicóloga Natália Ponte, também foi ouvida nesta segunda-feira à tarde, pela terceira vez. O casal está preso desde que o corpo do menino foi encontrado, no último dia 10. Longo está na cadeia de Barretos e Natália, em Franca.

Ambos alegam inocência e dizem que dormiam no momento em que o garoto desapareceu, na madrugada do dia 5. Mas, para a polícia, o menino teria morrido vítima de uma dose excessiva de insulina e o assassino estava dentro do imóvel.

Exames preliminares do IML apontaram que o garoto não morreu afogado, pois não havia água no pulmão. A criança já estaria morta ao ser jogada no córrego que deságua no Rio Pardo, onde foi achada.

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Prisão mantida. A Justiça negou nesta segunda-feira, 18, o pedido de revogação da prisão temporária de Guilherme Longo. A decisão foi proferida pela juíza Isabel Cristina Alonso dos Santos, da 2.ª Vara do Júri e de Execuções Criminais de Ribeirão Preto.

As declarações da Polícia Civil contra Guilherme Longo pegaram de surpresa o defensor do padrasto da criança. O advogado Antônio Carlos de Oliveira alegou que desconhece qualquer prova contra seu cliente e alegou que "não foram mostrados até agora os laudos periciais". "Até o momento, não existe nem indício a favor nem contra o Guilherme", disse.

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