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Polícia do Rio apela à população para pegar traficantes

Por Agencia Estado
Atualização:

O chefe de Polícia Civil do Rio, delegado Álvaro Lins, pediu hoje a ajuda da população para prender os seis integrantes da quadrilha que tem ramificações em cinco Estados do País e abastece o Rio com maconha. Dos 13 mandados de prisão expedidos pela Justiça, apenas sete foram cumpridos ontem, na chamada Operação Ciclone. Outras duas pessoas foram presas em flagrante, num total de nove prisões. hoje à tarde, três criminosos presos fora do Rio foram apresentados. Apontado como o chefe da organização, o empresário Rogério Siqueira Azambuja, que mora no Maranhão, é um dos foragidos. ?Nós vamos divulgar as fotografias deles para que a população possa ajudar e já recebemos algumas denúncias (pelo disque-denúncia)?, disse Lins. A organização atuava no Rio, São Paulo, Maranhão, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Segundo a polícia, além de Azambuja, são procurados: Lúcio Pedro Alvarenga, o Vovô, Cristiano Yunesco Liechoski, Pedro David Bezerra, o Di Pedro, Washington Tatagiba, o Tatagiba e Francisco Pedro de Carvalho, o Chiquinho. Os dois primeiros moram em Copacabana, na zona sul do Rio, e os outros seriam traficantes da favela do Jacarezinho, na zona norte da cidade. Eles distribuiriam a maconha para a classe média e outras favelas da cidade. Na sede da Polícia Civil, no centro, Lins apresentou o empresário Valdecir Raimundo Gomes do Prado, preso em São Paulo, Douglas Lafayete Julião, que foi capturado em São Luís (MA) e é suspeito de ser sócio de Azambuja, e Aral Matoso, detido em Ponta Porã (MS), apontado como o responsável pela contabilidade do bando. Segundo a polícia, os três representam o topo da quadrilha. Das dez contas bloqueadas pela Justiça, em duas levantadas até agora, havia depósitos de R$ 150 mil, em cada uma. A polícia acredita que o valor total movimentado chegue a R$ 1milhão e que os integrantes da quadrilha também fizessem lavagem de dinheiro, pois trabalhavam com o ramo de transportes, tinham joalherias, casas de câmbio e empresas de importação e exportação. A partir de hoje, a polícia vai analisar os documentos, computadores, disquetes e agendas apreendidos com a quadrilha para os outros negócios da organização. A Operação Ciclone envolveu policiais civis do Rio e a polícia local dos outros Estados. A maconha vinha do Paraguai, na maioria das vezes de caminhão, e tinha como destino final o Rio. Segundo a polícia, o carregamento chegava a 16 toneladas da droga por mês.

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