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Polícia do Rio reforça segurança na favela depois de 9 mortes

Por Agencia Estado
Atualização:

O policiamento foi reforçado nesta segunda-feira nas favelas da Rocinha e do Vidigal, onde nove morreram no fim de semana em confrontos entre os traficantes dos dois morros e a Polícia Militar. Quatro corpos ainda estão desaparecidos. No Morro da Providência, no centro, dois bandidos morreram, na manhã desta segunda-feira. Nove mortes No Vidigal, três criminosos foram mortos em embate com o Batalhão de Operações Especiais (Bope) da PM. Com eles, foram apreendidos uma pistola, uma submetralhadora, quatro carregadores de fuzil, uma granada, 155 munições de pistola e 19 de fuzil. Na madrugada de sábado, quatro traficantes do Vidigal sofreram uma emboscada na Rocinha e foram mortos. Eles teriam sido chamados até lá para negociar assuntos ligados à venda de drogas, segundo a polícia, e teriam se desentendido com a quadrilha local. Um deles seria um dos chefes do tráfico no morro, cujo apelido é Toquinho. Nenhum corpo havia sido localizado até hoje. No sábado à tarde, o grupo que domina o Vidigal revidou e matou o criminoso Márcio de Jesus Silva, de 36 anos, traficante da Rocinha conhecido como Maia, durante tiroteio. No domingo, outro criminoso de lá, cuja identidade não foi divulgada, foi assassinado no Vidigal. Reforço policial Nesta segunda-feira o policiamento foi reforçado nas duas favelas. Durante o dia, foram destacados 80 PMs do batalhão do Leblon. O Batalhão Florestal deu reforço ao se colocar na mata que separa as comunidades. O comandante do batalhão do Leblon, coronel Jorge Braga, disse que a guerra entre os dois morros, atualmente dominados pela mesma facção criminosa, começou em janeiro. Quando há conflitos, o patrulhamento é intensificado. Em abril, houve o episódio mais sangrento: 13 pessoas morreram depois que o bando do Vidigal tentou invadir a Rocinha e tomar os pontos de venda de drogas. Morro da Providência O tiroteio no Morro da Providência foi entre traficantes e policiais da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) da Polícia Civil. Os policias disseram que os criminosos dispararam contra o Posto de Policiamento Comunitário (PPC) instalado na favela. Nenhum policial ficou ferido. Dois fuzis foram apreendidos. Ainda de acordo com a polícia, quatro bandidos que estavam na laje de uma casa atiraram contra o helicóptero Águia 1 da polícia, que dava apoio à operação. Dois deles, Charles Machado da Silva, de 16 anos, e Luciano Custódio Sales, de 24, foram baleados e chegaram mortos ao Hospital Souza Aguiar. O comércio que fica atrás do terminal da Central da Brasil foi paralisado à tarde por causa do tiroteio.

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