A polícia da Flórida montou bloqueios nas estradas e está investigando algumas mulheres suspeitas de terem seqüestrado o bebê brasileiro de 1 mês. Bryan Gomes da Costa, ou Baby Bryan, como ele vem sendo chamado nos EUA, foi raptado na sexta-feira, 1º, por uma mulher hispânica na cidade de Fort Myers. Bryan é o único filho da mineira Maria de Fátima dos Santos, de 23 anos, e de seu marido, Jurandir Gomes da Costa, que imigraram ilegalmente para os Estados Unidos há um ano e três meses. Na tarde desta terça, 5, uma mulher em prantos ligou para o restaurante Cantinho do Brasil, em Fort Myers, e disse à dona do estabelecimento, Ana Franco, que estava com Bryan. A mulher deu um endereço a Ana, mas a polícia não conseguiu localizá-la. Os policiais esperam que a mulher ligue de novo. Segundo Shelly Flinn, porta-voz do departamento de polícia de Fort Myers, esta é uma entre as várias pistas que os policiais estão investigando. Bryan foi raptado na sexta, quando Fátima entrou em uma caminhonete preta para ajudar uma mulher hispânica a encontrar um endereço. Depois de rodarem por mais de uma hora, a mulher ameaçou Fátima com uma faca e a obrigou a deixar seu filho no carro, que já tinha uma cadeira de bebê e saco de fraldas. O caso do bebê Bryan é destaque nas TVs americanas. Investigadores do caso foram entrevistados em vários programas da TV americana, entre eles na CNN, NBC e na Fox News, e o rapto está ganhando repercussão nacional. Ao entrevistar o sargento Mike Carr, de Fort Myers, a apresentadora Nancy Grace, da CNN, chegou a insinuar que Maria de Fátima pode ter inventado a história."A mãe aceita passar pelo detector de mentiras (polígrafo)?", disparou Nancy. Carr ficou desconcertado com a pergunta e reforçou que ele acredita, sim, na versão de Maria de Fátima. Um ex-policial, Mike Brooks, chegou a dizer que a história de Fátima tem algumas inconsistências, porque "a vítima só fala português e a seqüestradora, espanhol", então elas não poderiam ter se entendido. Na próxima sexta-feira, 8, um grupo de igrejas vai montar uma "operação de busca" com cem pessoas, que vão bater de porta em porta nas casas da região.