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Polícia e ANP interditam tanques de combustível em Paulínia

Por Agencia Estado
Atualização:

Técnicos da Agência Nacional de Petróleo (ANP) e a Polícia Civil de Paulínia interditaram, hoje de manhã, 1,9 milhão de litros de combustível adulterado estocado na distribuidora Transo. O diretor da empresa, cujo nome a polícia não divulgou, foi preso em flagrante e permanece na delegacia de Paulínia. O delegado Tadeu de Almeida Brito estipulou fiança de R$ 3 mil para que o diretor responda ao processo em liberdade. Segundo Tadeu, as investigações sobre a distribuidora tiveram início depois de uma denúncia de extravio. Ele comentou que a Transo cede espaço para armazenar combustível de pelo menos 25 outras distribuidoras, mas é responsável pela qualidade de todo o material estocado na empresa. Hoje técnicos da ANP e policiais estiveram na distribuidora e colheram amostras do combustível, encaminhadas para análises na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). O resultado apontou que o material estava fora das especificações da ANP. Brito explicou que o combustível ficará à disposição da ANP. "Provavelmente será reprocessado", avaliou. Ele explicou que a polícia investiga ainda o destino de outros 5,2 milhões de litros que deveriam estar armazenados na Transo e não foram localizados. De acordo com o delegado, uma empresa do Rio de Janeiro, denominada Álamo, informou à ANP que havia destinado para a Transo 5,2 milhões de litros de combustível que seriam exportados para a Bolívia, mas foram extraviados. O material deveria estar na distribuidora, porém o local não tem espaço físico para abrigar uma quantidade tão grande. A polícia suspeita de um esquema para sonegação de impostos. "Queremos saber onde foi parar esse combustível, que deixou o Rio de Janeiro com isenções fiscais porque seria exportado. É um rombo muito grande de sonegação", afirmou Brito. Ele contou que representantes da Álamo já foram chamados para depor sobre o caso. Ninguém na Transo foi encontrado para falar sobre as acusações.

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