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Polícia espera laudo do Cenipa para agir sobre o caso da queda do helicóptero

Helicóptero caiu três dias após ser revisado por uma empresa que teve credenciamento suspenso pela Anac

Por Rubens Santos
Atualização:

Goiânia - O secretário de Segurança Pública de Goiás, João Furtado, disse hoje que o governo de Goiás não vai se pronunciar sobre a polêmica manutenção e revisão do helicóptero Koala AW 119K (prefixo PP-CGO), fabricado pela AgustaWestland.

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O helicóptero caiu três dias após ter sido revisado pela empresa Fênix, contratada para manutenção da aeronave. Ocorre que a Fênix teve seu credenciamento suspenso pela Anac (Agência Nacional de Avião Civil), por irregularidades encontradas no seu galpão-oficina.

Entre as irregularidades encontradas na Fênix estão: ausência de rastreabilidade de peças, o emprego de ferramentas não certificadas, calibrações de equipamentos vencidas e ausência de registro dos mecânicos, que são especializados.

O galpão da empresa fica no Aeroclube de Goiânia, distante cerca de 20 quilômetros do centro de Goiânia (GO).

De acordo com a Polícia Civil, o aparelho que caiu numa mata no interior do Estado, e matou oito pessoas, foi retido para revisão de 30 mil horas de voo, entre os dias 4 e 7 deste mês.

Hoje, a empresa disse que a revisão de helicópteros é feita a cada 50 mil e não 30 mil horas de voo. "Nós vamos aguardar o resultado das investigações, sobre o acidente", disse o secretário João Furtado, de Segurança Pública.

As investigações sobre a queda do helicóptero estão sendo feitas pelo Cenipa (Centro de investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos).

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O secretário informou, ainda, que, em contato com o fabricante da aeronave, a AgustaWestland, a policia saberá detalhes sobre procedimentos técnicos sobre o caso.

Velório. Hoje pela manhã está sendo realizado o velório do piloto Osvalmir Carrasco Melatti Júnior, de 38 anos, na Associação dos Delegados de Polícia do Estado de Goiás (Adepego). O enterro acontece às 13h30 no cemitério Jardim das Palmeiras.

Trata-se do mesmo cemitério onde foi enterrado o delegado Vinicius Batista da Silva, de Iporá. Ele presidia o inquérito policial que investiga a Chacina de Doverlândia, ocorrida no último dia 28 de abril, em uma fazenda localizada a 456 quilômetros de Goiânia (GO).

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Na terça-feira, o grupo de cinco delegados, dois pilotos e o assassino confesso na chacina volta para Goiânia a bordo do helicóptero, que caiu 15 minutos depois a 325 quilômetros da capital.

No acidente morreram Antônio Gonçalves Pereira dos Santos (64), superintendente da Polícia Judiciária; Bruno Rosa Carneiro (32), delegado e chefe-adjunto do Grupo Aeropolicial; Osvalmir Carrasco Melati Júnior (38), piloto da aeronave; Jorge Moreira da Silva (54), delegado Estadual de Repressão a Roubos de Cargas; Marcel de Paula Oliveira (31), perito criminal, e primo de Fabiano de Paula Silva (37), também perito criminal; e Aparecido de Souza Alves (22), acusado de matar sete pessoas na fazenda em Doverlândia.

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