Polícia estoura cativeiro e liberta empresário

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

Policiais da Divisão Anti-Seqüestro (DAS) da Polícia Civil de São Paulo estouraram um cativeiro hoje e libertaram o empresário Raul Nassar, de 61 anos de idade, que passou 28 dias acorrentado em dois pontos diferentes do Estado. O primeiro cativeiro teria sido uma casa na zona sul de São Paulo e, o segundo, uma chácara no município de Capão Bonito, no interior paulista. Quatro pessoas foram presas: o ex-soldado da Polícia Militar Gilvan Carlos Fidélis, de 31 anos, apontado como o líder da quadrilha; Vânia Alves da Silva, de 19 anos; Sílvio Gabriel, de 37 anos; e Sabino Felípio Freitas, de 34 anos. Todos os detidos foram acusados de extorsão mediante seqüestro. De acordo com o delegado operacional Marcos Flório Manarini, titular da 1.ª Delegacia da Divisão Anti-Seqüestro, Nassar foi seqüestrado na manhã do dia 13 de maio, quando saía de sua empresa. Ele foi mantido por alguns dias em um cativeiro na região e depois levado para a chácara do ex-PM Fidélis, em Capão Bonito. Na chácara - que tem dois quartos, varanda, sala, cozinha e banheiros -, Nassar foi deixado no quarto dos fundos. Lá, os seqüestradores acorrentaram uma de suas pernas ao pé de uma cama de solteiro, onde ele permaneceu até ser libertado pela polícia. Segundo o delegado Manarini, o crime começou a ser solucionado na sexta-feira, quando policiais da Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes (Dise) prenderam Cláudio Toledo e Silva, de 48 anos, conhecido como Português, em São Bernardo do Campo, na região do ABC. "Ele era procurado por seqüestro. Foi preso e deu algumas informações aos policiais", afirmou o delegado Manarini. Essas informações levaram os policiais da Anti-Seqüestro a efetuar, no sábado, a prisão do ex-PM Fidélis, que já teria envolvimento com roubos. O ex-policial confessou o crime e deu o endereço onde o empresário era mantido como refém. Às 13h30 de hoje, a polícia invadiu a chácara. Prendeu Vânia, Gabriel e Freitas e libertou Nassar. De acordo com a polícia, o empresário não foi torturado no cativeiro e sofreu apenas pressão psicológica. Com os bandidos, a polícia encontrou duas armas, munição três telefones celulares, a corrente usada para prender o empresário, fotos do cativeiro, uma máquina fotográfica e um minigravador.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.