Polícia estoura cativeiro onde estava irmã de Ricardo Oliveira

Irmã mais velha do jogador ficou 160 dias em poder dos seqüestradores

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Por Agencia Estado
Atualização:

Após cinco meses de seqüestro, Maria de Lourdes de Oliveira, de 35 anos, irmã do jogador Ricardo Oliveira, atacante do Milan, da Itália, foi resgatada na madrugada desta terça-feira, 13. Policiais conseguiram localizar seu cativeiro, em São Matheus, na zona leste da capital paulista, dentro de um apartamento da Companhia de Desenvolvimento Habitacional de Urbano (CDHU). O caso não era mantido em sigilo, segundo informações de um investigador da Polícia Civil, que pediu para não ser identificado. Os contatos entre a família de Maria de Lourdes e os seqüestradores deixaram de ser feitos há cerca de três meses, quando a vítima esqueceu todos os telefones da família e não houve acordo para o resgate. De acordo com a polícia, ao ser encontrada, Maria de Lourdes apresentava sinais de desnutrição e desidratação, e precisou ser encaminhada ao pronto-socorro do Hospital Geral Estadual Dr. Manoel Bifulco, em São Mateus. Os policiais chegaram ao cativeiro no início da madrugada, graças a uma denúncia anônima, mas não encontraram nenhum dos seqüestradores. Maria de Lourdes estava no local havia poucos dias e teria passado por vários cativeiros ao longo dos 160 dias de seqüestro. A irmã de Ricardo Oliveira havia sido agredida pelos bandidos, a socos e pontapés, pois eles se irritaram com o andamento das negociações, de acordo com informações policiais. Maria de Lourdes de Oliveira foi seqüestrada no dia 4 de outubro de 2006, na região da Casa Verde, zona norte de São Paulo. A casa da irmã de Ricardo Oliveira foi invadida por dois homens armados, que pularam o muro e dominaram a família. O marido dela e outros parentes foram amarrados, enquanto os criminosos procuravam por um cofre. Como não encontraram dinheiro ou outros objetos de valor, eles decidiram levar a irmã mais velha do jogador. Ricardo Oliveira havia retornado havia apenas um mês ao clube italiano, depois de jogar no São Paulo durante o primeiro semestre de 2006. O drama da família do atacante do Milan durou 160 dias, em um dos mais longos seqüestros do País. Texto atualizado às 10h58 para acréscimo de informações.

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