Polícia estoura clínica de aborto e prende dez no Rio

Valores variavam entre R$ 600 e R$ 2 mil; cerca de 20 abortos eram praticados por dia

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Por Redação
Atualização:

Policiais civis da Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Saúde Pública (DRCCSP) estouraram na terça-feira, 16, uma clínica clandestina de aborto na Rua do Livramento, altura do número 162, no bairro da Gamboa, zona portuária do Rio. Dez pessoas foram detidas.

 

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De acordo com a polícia, em duas semanas de investigações, os agentes monitoraram o local e desconfiaram da movimentação noturna, de mulheres acompanhadas, bem como o grande número de câmeras instaladas no imóvel.

 

Por isso, dois casais de policiais se infiltraram, durante a noite, na clínica, disfarçados de pacientes. Após constatarem a realização de aborto, avisaram as demais equipes de agentes que estavam nas proximidades, que invadiram o local.

 

O médico Carlos Eduardo de Souza Pinto, de 39 anos, e as assistentes Keila Leal da Silva, de 31, Adriana Borges Martins, 38 anos, Elaine Aureliano Costa Soares, de 22, e Elizangela Batista de Lima, de 39 anos, foram presos em flagrante.

 

Também foram detidas três pacientes e apreendida uma menor que já haviam realizado o aborto. No local, ainda foram encontradas outras quatro mulheres que aguardavam para realizar aborto, acompanhadas por familiares e namorados. Ainda durante a madrugada foi preso o dono da clínica, Wagner Ferreira da Silva, de 46 anos.

 

Segundo o delegado Fábio Cardoso, titular da DRCCSP, o médico, as quatro assistentes e o dono da clínica foram autuados em flagrante por crimes de aborto com consentimento e formação de quadrilha. Já as quatro pacientes que realizaram aborto foram autuadas em flagrante por crime de consentimento para o aborto.

 

Os valores cobrados pelos abortos variavam entre R$ 600 e R$ 2 mil, de acordo com o tempo de gestação. Segundo as informações, a clínica praticava cerca de 20 abortos por dia, com um faturamento diário de cerca de R$ 20 mil.

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