Polícia Federal prende quadrilha que falsificava dinheiro e documentos

Grupo atuava nos Estados de Rondônia e no Acre; 21 pessoas foram presas na Operação Zagan

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Por Quetila Ruiz
Atualização:

PORTO VELHO - A Polícia Federal prendeu 21 pessoas que participavam de uma quadrilha especializada em falsificação de cédulas e de documentos. A Operação Zagan contou com a participação de 138 policiais, que cumpriram 12 mandados de prisão preventiva e 23 mandados de prisão temporária, além de 36 mandados de busca e apreensão. O grupo atuava em Rondônia e no Acre. As prisões foram realizadas simultaneamente nos dois Estados e também em São Paulo e no Mato Grosso na manhã desta quarta-feira, 27.

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Ainda há 14 mandados para serem efetuados. A Polícia Federal ainda não divulgou os nomes dos presos, porém informa que no grupo há empresários, advogados e uma jornalista.

A investigação começou em 2010, a partir da apreensão de R$ 3.048.200,00 (três milhões quarenta e oito mil e duzentos reais) em cédulas falsas de R$ 50. As notas estavam escondidas no interior de um veículo encontrado às margens da represa de Samuel, na cidade de Candeias do Jamari (RO).

Esquema. Portando documentos falsos, os integrantes da quadrilha abriam contas em bancos, criavam empresas "fantasmas", obtinham financiamentos, aplicavam vários golpes e efetuavam compras no comércio em geral. O montante pelo grupo com os crimes ainda não foi precisamente identificado, mas atinge cifras milionárias.

A organização também atuava em outros ramos, vários advogados integrantes do grupo ingressavam com ações na Justiça Federal, Justiça Estadual e Justiça do Trabalho, com a apresentação de documentos falsos, clientes "fantasmas" e induziam ao erro a estrutura judiciária.

Instituições como a Justiça Estadual, Justiça Federal, Justiça do Trabalho, Receita Federal, Institutos de Identificação, Detran, Instituições Financeiras, Junta Comercial e Cartórios foram atingidas pelas falsificações.

Nome. O nome da operação faz referência à mitologia, na qual Zagan é o nome dado a um espírito especialista em fraudes e falsificações (principais atividades do grupo criminoso) que consegue transformar cobre em ouro, chumbo em prata, sangue em óleo, água em vinho e sábios em tolos.

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